De um Anônimo, sobre a postagem Família de Osmarzinho vai à Justiça contra remoção de mural:
Como o blog bem ressaltou e exemplificou, é parte do registro histórico das mais diversas épocas o retrato de personalidades políticas. No caso, quando o painel foi retratado, o então prefeito de Belém Almir Gabriel, ele não foi retratado por ser um político do PSDB, e sim porque ele era uma figura pública, parte da história do Pará. Portanto, não a nada de errado no registro. Senão, deveriam ser questionadas todas as estátuas, paineis de JK que o Niemeyer fez. E tantos outros exemplos são parte relevante da nossa História e de nossa identidade.
Me parece que quem está fazendo uso da máquina do Estado, movido por interesses partidários, é o atual governo, que vê o painel como uma obra de um partido rival e não como um patrimonio cultural da cidade, o qual deveria preservar. Onde o critério deveria ser do interesse público, e não o do seu partido.
É lamentável!
3 comentários:
Deve ser inveja. Não é por nada não, mas vocês vão concordar comigo: esse governo petista de plantão Anajulista não tem como emplacar uma foto da nossa governadora, por uma simples razão: não tem obra, não tem realização, não fez nada em três anos.
Daí, a reação baixa e canalha de destruir o painel do grande Osmarzinho.
Poucas são as matérias que rendem tanto “ibop” como a demolição (ou bloqueio visual) da obra do grande Osmarzinho na esquina da Castilhos França com a Portugal. Sobre o assunto, algumas coisas devem ser observadas.
De pronto, cabe o reconhecimento de que o saudoso Osmarzinho foi um dos grandes artistas plásticos da terra. Isto não significa dizer que todas as suas obras mereceram nota 10, algumas certamente alcançaram notas mais modestas. Isto é fato, pois, ninguém, é unanimidade o tempo todo, e por toda a vida. A obra em foco, certamente não se alinha dentre as mais virtuosas do artista. Muitos são os fatores que podem influenciar para que um grande artista tenha o seu trabalho, aqui e acolá, maior ou menor sucesso. No caso, sem considerar o momento emocional do artista ao se lançar àquela produção, cabe ressaltar como ponto de risco ao efeito final da obra, o local que, apesar de situado no trajeto da procissão do Círio de Nazaré, convenhamos, nada mais é que uma esquina sem expressão no contesto paisagístico da cidade. Sem exageros e sob o melhor dos sentimentos de boa fé, há que se ver a obra como uma operação de emergência para tapar o "buraco" deixado pela demolição da edificação outrora existente naquela esquina naturalmente fadada a se transformar em lixeira urbana. Por se tratar de um logradouro público, certamente o Osmarzinho foi chamado pelo gestor público de então para ali expressar a sua arte. A atitude desse gestor, naquele momento, não fora mais que um menosprezo ao trabalho de um simples artista plástico da terra. Mais tarde se transformou num cruel desrespeito a esse mesmo artista já reconhecido como expoente das artes plásticas no Pará. Isto mesmo; o Osmarzinho, como qualquer outro, nasceu pequenino (também para as artes) e se tornou grande. No meio do caminho, produziu a obra que hoje desperta a polêmica em lide.
Ainda como fator relevante nessa querela, não há como negar que, há 25 anos atrás, o Dr. Almir Gabriel, independentemente de ser um bom ou mau administrador público, ainda não se viabilizara “figura pública, parte da história do Pará”, como argumenta o Anônimo. Se, para alguns, isso agora se justifica, verdade é que, naquele momento (25 anos atrás), a homenagem se houve por motivação político partidária, quiçá, sob encomenda do próprio homenageado ou dos seus “baba-ovos” de então. Lógico que isso, agora, não justifica a retirada ou a permanência do mural do Osmarzinho do local. Mas, se deve a obra ser considerada como “patrimonio cultural da cidade” muitos são os parâmetros técnicos de avaliação a serem considerados, ao longo de um processo que se deveria sobrepor a esta discussão estéril. De fato, os críticos da nova ocupação daquela esquina deveriam sair do ôba-ôba e procurar os meios legais para discutir a questão (se ainda há tempo para isso).
Pensando bem, sabes que tens razãçao, anônimo das 10:47?
Vai ver que a grande obra do teu amado Almir foi, de fato, contemplar as "raparigas" da praça do Pescador, através da janela da "Casa do Povo". Ora pois, pois!
Hahahahaha ...
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