No AMAZÔNIA:
Belém foi castigada ontem pela chuva. Foram quase 10 horas de agauceiro, que começou ainda na madrugada de segunda-feira (25) e se prolongou pela manhã de ontem, parte da tarde e noite. Tempo nublado e clima ameno tirou a sensação térmica das altas temperaturas amazônicas. Entretanto, para os moradores de vários bairros da cidade, o dia foi de trabalho na limpeza e de contabilizar os estragos.
As conseqüências foram vários pontos de alagamentos ao longo da cidade, além dos transbordamentos de canais e de ruas e avenidas intrafegáveis. Em algumas delas, somente veículos pesados, como caminhões e ônibus, conseguiam atravessar as ruas tomadas de água. Os veículos e carros pequenos não se aventuravam para não correr o risco de o motor parar. A água batia acima dos joelhos. Em determinados pontos, os canais ficaram cobertos de água e não havia como distinguir os limites.
Quem trafegou pela avenida Almirante Barroso, próximo à travessa Antônio Baena, e pela passagem Mucajás, com a trav. 9 de Janeiro, na Cremação, viu uma das consequências do tempo de chuvas: árvores caídas ao chão.
De acordo com informações do Ciop (Centro Integrado de Operações) do CBM (Corpo de Bombeiros Militar), as árvores caíram por volta das 5h da manhã, mas ninguém saiu ferido. Nenhum veículo foi atingido. Uma viatura do CBM foi deslocada para cada local para serrar as árvores e retirá-las da pista. A remoção, segundo os bombeiros, será feita pela Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
Os pontos de alagamentos são problemas enfrentados pelas administrações municipais. A partir de agora, o desafio é tentar evitar que as próximas chuvas continuem a abalar a vida dos moradores belenenses. A aposentada Marina Pinho tentava atravessar de um lado para outro da rua do Mundurucus com av. Alcindo Cacela, mas não teve outra alternativa a não ser colocar o pé na água.
'Nunca pensei que quando chovesse a Mundurucus ficasse desta maneira. Moro aqui em Belém há anos, mas essa situação é lastimável. Não teve outro jeito, coloquei o meu pé na água. Não tem como eu ficar esperando o dia todo essa água baixar. E detalhe que não foi aquela chuva forte. Entre e sai administração municipal e ninguém resolve essa situação', reclamou Marina Pinho.
Ainda no bairro da Cremação, a situação era crítica ao longo da av. Fernando Guilhon. A avenida estava completamente intrafegável. Somente veículos pesados se arriscavam a atravessar a via. Além disso, dezenas de casas debaixo d’água e outras ameaçadas de alagamento.
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