sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SDDH quer apuração de todas as mortes

No AMAZÔNIA:

A Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos solicitou ao secretário de Estado de Segurança Pública, Geraldo Araújo, a instauração de inquérito para investigar o assassinato do cabo Paulo Sérgio da Cunha Nepomuceno e, também, para apurar as mortes de 'cinco jovens por parte de policiais da Rotam, da Polícia Militar do Pará, que, segundo denúncias veiculadas pela imprensa, foram vítimas de execuções sumárias'.
Assinado pelo presidente da SDDH, Marco Apolo Santana Leão, e datado da última terça-feira, o documento endereçado à Segup informa que no dia 17 deste mês o cabo Cunha foi assassinado em um assalto. E, desde então, cinco jovens suspeitos de terem participado desse assalto foram mortos, 'segundo as referidas reportagens, como forma de represália à morte do cabo'. As vítimas são Jeremias Wellington, Jerônimo Wesley Pinheiro, Fernando Batista da Silva, Jorge Willer Oliveira Costa e Marcelo Piedade Santana, 'os quais teriam sido indicados, como autores do assalto, por um dos suspeitos do crime, ‘Thiaguinho’, que ninguém sabe quem é', diz Marco Apolo.
Carrascos - Ainda de acordo com o presidente da SDDH, tanto as mortes do cabo Cunha, quanto as dos cinco jovens 'são fatos lamentáveis e demonstram o lado mais trágico da violência por que passa atualmente nosso País e nosso Estado'. Marco Apolo diz entender que tanto os autores da morte do PM quanto dos cinco suspeitos devem ser investigados adequadamente sob todos os rigores da lei e da técnica policial. 'Não podemos aceitar a violência dos assaltos que vitimam centenas de pessoas. Mas também se mostra inaceitável que alguns policiais militares assumam o papel de investigadores, juízes e carrascos, praticando atos que nossa sociedade e nosso ordenamento jurídico não comportam', afirma Marco Apolo.
Marco Apolo também solicita que o Ministério Público do Estado seja notificado para acompanhar os procedimentos investigatórios. E informa que a SDDH é uma entidade sem fins lucrativos e que há 30 anos faz a defesa de direitos humanos no Estado do Pará.

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