No AMAZÔNIA:
A entrega de novas viaturas e a apresentação de mais de 500 policiais militares para o reforço da segurança em Belém, a quinze dias para o início do Fórum Social Mundial, não é o suficiente para acabar com a desconfiança da população em relação às medidas de segurança pública adotadas pelo governo Ana Júlia. Entre as pessoas que assistiam à cerimônia de entrega, ontem, coincidente com a comemoração do aniversário da cidade, não faltavam comentários sobre a reação do governo ao avanço da criminalidade, com a compra de equipamentos e o reforço do efetivo. A maioria delas se referindo às medidas anunciadas como meramente 'emergenciais’ e, por hora, 'paliativas'.
'Eu acho que é tudo ‘fogo de palha’. Vai resolver o problema agora, com mais policiais na rua, mas depois de um mês ou dois vai voltar a ser como era', diz o vendedor Paulo Santos, de 45 anos. 'Eles só estão fazendo isso porque o povo está cobrando. Porque tem gente grande morrendo em assalto. Porque hoje todo mundo sai de casa com medo, sem saber se vai ser assaltado, dentro do carro, na parada, no ônibus ou até no trabalho.'
Para o servidor público Pedro Guedes, o aumento do policiamento não resolve totalmente o problema. 'O governo tem que parar de querer curar só o sintoma. Acabar com a violência não é só prender o bandido, é cuidar pra que mais gente não entre no crime', analisa o servidor durante os festejos dos 393 anos de Belém.
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