Operações dominam Belém

No AMAZÔNIA:

Policiais civis e militares uniram esforços, na tarde de ontem, durante a realização conjunta das operações 'Armagedon' (PM) e 'Reação' (PC). Mais de 30 viaturas saíram, por volta das 16h30, da sede do Comando da Polícia Militar, na avenida Dr. Freitas, para ocupar todos os bairros da Região Metropolitana de Belém (RMB). Mais de 1,2 mil homens trabalharão nas duas operações fazendo rondas, barreiras, abordagens e revistas em veículos e pessoas em atitudes suspeitas.
De acordo com o subcomandante geral da PM, coronel Augusto Leitão, a operação 'Armagedon' foi iniciada no dia 5 de janeiro e vem acontecendo constantemente. A operação 'Reação', da Polícia Civil, também tem tido continuidade desde que foi iniciada. Porém, ontem, as duas forças se uniram para intensificar as ações. O diferencial desta vez é que as operações estão sendo realizadas em todos os bairros da capital paraense, e não mais de forma localizada.
O trabalho das duas corporações visa garantir maior tranquilidade na região da Grande Belém durante o Fórum Social Mundial (FSM). Mas, o coronel Leitão garante que a operação continuará sendo realizada após o encerramento do evento. 'A população pode ficar tranquila que continuaremos com esse trabalho, permanentemente, pois agora temos mais 550 homens que ingressaram na Polícia Militar, recentemente, além de 200 viaturas novas, das quais cerca de 70 ficaram em Belém', afirmou Leitão.
O subcomandante destacou, ainda, que o trabalho policial paraense recebeu um reforço de 180 homens da Força Nacional. Desses, 80 estão no interior do Estado, onde, segundo ele, também estão sendo realizadas operações semelhantes a da RMB. 'Essa é uma demonstração de que o trabalho não está sendo feito por causa do FSM, mas trata-se de uma ação de governo, que é resultado dos recursos que temos hoje, que são maiores', ressaltou.
Segundo dados fornecidos pelo coronel Leitão, durante os três dias da operação 'Armagedon' (10 a 21 de janeiro) foram feitas mais de seis mil abordagens pelos PMs. Desse total, cerca de 2,5 mil foram a motocicletas e cerca de 900 a bicicletas, consideradas como o foco principal da atenção da polícia, já que muitos crimes são praticados usando esses dois veículos. Além disso, seis armas foram apreendidas e quatro foragidos foram recapturados. 'Não há como mensurar quantos crimes evitamos que ocorressem com a apreensão dessas armas nesses três dias. Mas sabemos que são muitos. Por isso, vamos continuar unindo esforços e trabalhando para garantir mais segurança à população', concluiu o coronel Leitão.