sábado, 24 de janeiro de 2009

OAB pressiona a Polícia Militar

No AMAZÔNIA:

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB/PA) quer que a Corregedoria da Polícia Militar investigue e apure as mortes de cinco jovens executadas por policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), da Polícia Militar do Pará. Os jovens foram mortos no domingo passado, 18, acusados de participação no assassinato do cabo da Rotam Paulo Sérgio da Cunha Nepomuceno.
De acordo com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, Mary Cohen, assim como a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), a Ordem também está acompanhando o caso e já pediu a instauração de inquérito. 'Queremos que a corregedoria da polícia investigue essas mortes, pois, segundo denúncias veiculadas pela imprensa, esses jovens foram vítimas de execuções sumárias', declarou a presidente da Comissão.
Sem licença - Segundo ela, a OAB-PA apoia a posição do SDDH, que solicitou ao secretário de Estado de Segurança Pública, Geraldo Araújo, a instauração de inquérito para investigar tanto a morte dos jovens como o assassinato do cabo. 'O pedido da SDDH tem total concordância da Ordem. A polícia não tem licença para sair matando as pessoas sem antes investigar. Por mais que as pessoas sejam culpadas, isso não lhes dá o direito de matar', afirmou Mary.
Ainda segundo ela, tal atitude mostra desequilíbrio profissional, já que os policiais mataram os jovens sem aguardar o processo investigativo do caso. 'O que eles estão fazendo hoje, que é investigar o caso, deveria ter sido feito antes, pois evitariam essas mortes. Isso mostra desequilíbrio e não é de uma polícia desequilibrada que precisamos, muito pelo contrário. Precisamos de profissionais preparados e equilibrados para trabalhar pela segurança. Tenho certeza que a polícia não foi preparada para fomentar a violência, e sim combatê-la', completou.

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