No AMAZÔNIA:
Visitas a comunidades e debates sobre espiritualidade e ética na agenda da sustentabilidade do meio ambiente fizeram parte de mais um dia de agenda do III Fórum Mundial de Teologia e Libertação, que começou na última quarta-feira, 21, e deve se estender até domingo, 25, no espaço da Fundação Tancredo Neves.
Abrindo os debates de ontem, os missionários Emile Townes (EUA) e Steve Degruchy (África do Sul), discursaram sobre os caminhos possíveis para o crescimento da humanidade sem agressão ao meio ambiente. À tarde os convidados dos cinco continentes foram até o bairro da Terra Firme visitar alguns projetos sociais e conversar com a comunidade.
Para Luis Carlos Susin, Secretário Executivo do Fórum, a edição deste ano superou as expectativas dos organizadores. 'O clima é de troca de ideias e experiências. Há uma interação muito grande dos participantes. Nos debates, estão aparecendo muitas coisas espontâneas. Isso é importante, pois aumentam a profundidade das discussões', disse.
Ainda de acordo com Susin, o mundo inteiro fez questão de se fazer presente em um debate dentro da Amazônia. 'Conseguimos a presença de muitos representantes internacionais, o que torna os debates muito mais significativos. Muitos desses estrangeiros estão demonstrando interesse em Belém, querem que facilitemos a entrada deles em comunidades, para vivenciar mais a cidade e seus habitantes', acrescentou.
'A Amazônia é emblemática para o bem e para o mal. Por isso o Fórum está aqui. Por um lado, a região está sofrendo com os impactos do exagero do controle econômico e por outro lado, ainda demonstra resistência nas tradições e na imensa biodiversidade', concluiu Luis Carlos Susin.
Relacionando o poder econômico com as muitas correntes religiosas que há na Amazônia, Susin acredita que primeiro é necessário rever conceitos para depois ter uma atitude mais prática sobre essa questão. 'Se quisermos um outro mundo, temos que construir uma outra imagem de Deus', finalizou.
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