No AMAZÔNIA:
Passado um dia da morte dos dois filhos e do companheiro, a dona-de-casa Raquel Maria Pinheiro resolveu falar sobre a ação da PM. Ela questionou a versão apresentada pela Polícia, de que Jerônimo e Jeremias estariam armados dentro de casa. Disse que os filhos foram executados durante a invasão. Segundo ela, os PMs chegaram à casa disparando contra os dois jovens. 'O Jeremias estava em uma rede conversando com o irmão. Eles chegaram e começaram a atirar de fora. O meu filho ainda gritou que não era pra eles fazerem aquilo. Não deu jeito, ele caiu lá mesmo', contou.
Irmã mais nova dos dois, Paula Raquel Pinheiro disse que estava com o filho de dois meses no colo, dentro do quarto, quando ouviu os gritos e o barulho dos tiros. Ela contou ter visto o irmão mais novo ferido na perna trazendo o filho dela de cinco anos no colo: 'O meu filho gritava ‘não deixa matarem o titio’ e vinha chorando. O meu irmão pediu para eu fazer alguma coisa, porque eles estavam lá para matá-lo. O policial entrou e atirou na cabeça dele'. Paula Raquel contou que o menino ficou em estado de choque. O garoto de cinco anos caiu no chão depois que o tio foi baleado na cabeça e tombou. 'Eles gritavam pra gente procurar os nossos direitos. Porque ali só estavam cumprindo ordens. E a ordem era matar', disse, em tom de desabafo, Paula.
A mãe dos jovens, que chegou à casa momentos depois da ação, recordou que passara a noite sem dormir, procurando o companheiro que havia supostamente desaparecido junto com os policias. Ela contou que um policial da Rotam que mora no Curuçambá, de nome Pereira, a teria procurado em casa à paisana, junto com policiais fardados na noite em que o cabo Cunha foi morto. 'Eles perguntaram pelo Marcelo, me agrediram e disseram que eu era bandida, mas eu não fiz nada porque não sabia de nada', contou.
Um comentário:
Segurança pública do Pará "sob nova direção"!
Essa é a terra de direitos!
Mata primeiro, conversa depois.
Horror total.
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