terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Corpo da 5ª vítima da Rotam é achado

No AMAZÔNIA:

Subiu para cinco o número dos suspeitos mortos pela Polícia, após o assassinato do cabo PM Paulo Sérgio da Cunha Nepomuceno, de 32 anos, no sábado, 17. O corpo encontrado pela própria Rotam na madrugada do domingo, em um matagal próximo à Estrada do Curuçambá, até então desconhecido, foi identificado, ontem. Trata-se de Marcelo Piedade Santana, de 22 anos, companheiro da mãe dos dois jovens mortos dentro de casa após troca de tiros com os policiais.
Segundo familiares de Marcelo, o rapaz foi levado da porta de casa no sábado por homens da Rotam. O corpo do jovem foi removido para o Instituto Médico Legal, mas até então sem identificação. O óbito foi comunicado na Seccional do Paar pelos policiais e, até o final da manhã de domingo, a vítima permanecia desconhecida.
Raquel Maria Pinheiro, de 44 anos, enterrou, ontem, o corpo do companheiro Marcelo e os dois filhos mortos no mesmo dia. Jeremias Wellington e Jerônimo Wesley Pinheiro dos Santos, de 25 e 22 anos, eram os mais velhos dos quatro filhos que a dona-de-casa teve no primeiro casamento com o cabo PM Dias, que é lotado na Corregedoria. Para ela, não há dúvida de que os três foram executados pelos policiais. 'Eles acabaram com a minha família. Tiraram a vida de gente que não tinha nada com essa história', afirmou.
Além de Marcelo e dos irmãos Jeremias e Jerônimo, outras duas pessoas foram mortas a tiros no Paar, entre a noite de sábado e a tarde de domingo. Fernando Batista da Silva, de idade não confirmada, e Jorge Willer Oliveira Costa, de 22 anos, morreram em confronto com os policiais da Rotam, segundo informações da delegada Deusa Seabra, diretora da Seccional do Paar, no final da manhã de ontem. Ela reafirmou, ontem, que os quatro mortos identificados no domingo possuem relação com a morte do cabo Cunha.
O irmão de Jorge Willer, Max Oliveira da Costa, que esteve no IML para fazer o reconhecimento e providenciar a liberação do corpo, disse ter sido informado pelos legistas que examinaram o corpo que, além das três marcas de tiro no peito, havia uma marca no pescoço, provocada por um objeto cortante. O legista também teria encontrado vestígios de terra na boca e resíduos de gasolina no estômago da vítima. As informações, segundo os familiares, sugerem que o rapaz foi torturado, antes de ser morto a tiros.
Após dois dias de ação repressiva da Rotam na área da estrada do Curuçambá, no Paar, nenhum suspeito da morte do cabo da PM foi detido. Quatro dos apontados por participação no assalto morreram em confronto com policiais da Rotam e o último, identificado ontem, foi encontrado morto a tiros em um matagal.

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