No AMAZÔNIA:
Em Belém para participar do Fórum Social Mundial, Leonardo Boff, teólogo e expoente da Teoria da Libertação, participou ontem, no Centur, do Fórum Mundial da Teologia e Libertação. Em entrevista coletiva, fez avaliações da conjuntura mundial e das perspectivas de desenvolvimento. Para ele, a crise mundial é uma tendência que não representa o fim.
'As crises despertam', diz, certo de que daí surgem as articulações para mudar. É o que ele espera do momento atual provocado pela quebra do mercado americano. Boff diz que essa situação torna singular o FSM deste ano. 'É consenso que do jeito que está não dá pra ficar. O sistema não é base; a humanidade é base', afirma.
A nova ordem seria, então, adotar um desenvolvimento orientado pela redução do consumo, reutilização dos bens e reciclagem do lixo. No caso dos EUA, também pelo fim da política belicista. Boff diz ainda que Barack Obama representa a aposta na mudança porque não tem o perfil clássico dos governantes dos EUA e porque prometeu assumir posturas novas para o país.
Entre as expectativas em relação ao presidente americano, estão a de ter relações internacionais mais amigáveis, reduzir o mercado de armamento e cumprir a redução da poluição exigida pelo Tratado de Kyoto, mas rejeitada pelo ex-presidente. 'Obama é o fruto do sonho do Fórum Social Mundial', disse. De acordo com o teólogo, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva ainda não criou um plano para o desenvolvimento a partir da Amazônia.
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