No AMAZÔNIA:
'A fraternidade e a segurança pública' foi o tema escolhido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Campanha da Fraternidade 2009 (CF). A ação social, que é realizada na quarta-feira de cinzas desde 1964, terá como principal objetivo discutir todos os tipos de violência da sociedade, como o racismo, acidentes de trânsito, a destruição da natureza, entre outros. Além disso, a campanha pretende exaltar o papel da família na formação do caráter do ser humano.
De acordo com o padre Ronaldo Menezes, da Arquidiocese de Belém, em um país com muitos problemas sociais agravados por questões econômicas, falar de segurança pública é importante pelo o que ela representa. Ele lembra que, somente em 2004, o número de ocorrências de crimes letais chegou a mais de 40 mil em todo o Brasil. Em 2005, esse número já passou para 50 mil. 'E a Igreja não poderia deixar de tratar desse assunto. A violência se manifesta em todos os cantos do mundo. E ela é muito mais grave do que nós pensamos', disse.
Com o lema 'A paz é fruto da justiça', a CNBB vai buscar, através da promoção dos Direitos Humanos, garantir a segurança pública. E, com isso, lutar contra as causas que geram a insegurança, como: centralização econômica-financeira; injustiça social, desvalorização da pessoa e da sua dignidade; pobreza, miséria, fome e exclusão social; educação de má qualidade, entre outros.
'Algumas atividades serão realizadas durante a campanha. Vários órgãos sociais irão se reunir para discutir e apresentar propostas para solucionar a violência. E a Igreja vai mostrar que, de fato, existe uma solução para esse problema. Vamos envolver a sociedade como um todo', ressaltou o padre Ronaldo Menezes.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil definiu a segurança pública como tema em maio de 2006, quando um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas foi feito pela Pastoral Carcerária depois dos ataques que aconteceram nos presídios paulistas na época. O documento trazia 37 sugestões contra a violência no país. Entre elas, a aplicação da Lei Seca, turno integral e a abertura nos fins de semana das escolas públicas, a construção de presídios próximos da comunidade local e da família do preso, o combate a sites que incitam a violência e a proibição do contingenciamento das verbas dos Fundos Penitenciário Nacional (Funpen) e Nacional de Segurança Pública (FNSP), entre outras.
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