sábado, 17 de janeiro de 2009

Fórum já movimenta casas de show, bares e restaurantes

No AMAZÔNIA:

Nem só de discussões sobre os problemas da sociedade vão viver os participantes do Fórum Social Mundial, durante a semana em que estiverem instalados na capital paraense. Belém vai precisar ofertar às mais de 100 mil pessoas opções de lazer e diversão e os donos de bares e restaurantes já começaram a preparar a recepção. Aumento na produção e nas contratações temporárias para atender à demanda são as apostas dos proprietários, além de uma programação cultural diversificada que vai desde do tradicional carimbó até a apresentação do rock paraense.
Material impresso de divulgação, com a localização precisa do espaço também é uma solução encontrada pela casa de shows A Pororoca, distante do circuito das atividades do Fórum, que ocorrem na Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O proprietário do espaço, Antonio Lemos Neto, diz que não há intenção de aumentar o preço do ingresso (cerca de R$ 12), mas a expectativa é atrair três mil pessoas por noite. Quanto aos ritmos, o proprietário conta que sua estratégia è 'valorizar o produto da terra e apresentar aos gringos o bregão, o calypso e os nossos ritmos'. A promessa da casa é de três bandas por noite.
Para os que querem curtir outros ritmos, o lugar apontado como melhor opção na comunidade do Fórum Social no site de relacionamentos Orkut é o Mormaço, point em Belém, para quem curte rock e principalmente reggae.A programação lá começa já na quinta-feira, com bandas famosas como La Pupunã, Gaia na Gandaia e Acordalice. 'É a hora de divulgar a cidade e faturar', comemora o dono do lugar, Moisés Marques.
Preparação - O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Eduardo Boulhosa, constata que a cidade vai ter dificuldades para atender tamanha população, mas que o problema também foi enfrentado em Porto Alegre. 'Não precisamos ter medo do Fórum e sim nos superar, aceitar o desafio. ', diz Boulhosa.
O setor de pizzaria também deve lucrar e aposta no reforço do serviço de delivery. 'Não vamos deixar ninguém esperando. Abriremos mais cedo, até com almoço e se for possível, só fecharemos de madrugada', diz o dono da franquia da Pizza Hut.
Vias alternativas para ganhar dinheiro com a venda de comidas e bebidas durante o Fórum também vão contribuir com o aumento na renda de algumas famílias, como a da universitária Ivanilde Cunha, 51 anos. Ela vai vender sanduiches naturais entre uma palestra e outra nos pontos onde o Fórum vai acontecer. O lucro com a venda dos sanduiches será guardado para ajudar na comemoração da formatura de Ivanilde e da filha, que concluem o ensino superior no final do semestre.

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