quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Deputado do PMDB tenta intimidar empresário

No AMAZÔNIA:

Num telefonema, em tom ameaçador, o deputado estadual Antônio Rocha (PMDB), tentou intimidar o empresário Júlio Aquistapase, diretor-proprietário da Agência Amazônia de Notícias, cuja sede fica no município de Santarém, no Oeste do Pará. A Agência é responsável pelo envio de matérias da região do oeste paraense para os jornais O LIBERAL e Amazônia, pertencentes às Organizações Romulo Maiorana. Segundo o diretor da agência, o deputado ligou por volta das 13h30 e disse não ter gostado da matéria 'Deputado e filho são acusados de agressão', publicada em O LIBERAL, no último dia 6, e 'Peemedebista agride jovens', publicada no mesmo dia no jornal Amazônia.
Por telefone, Antônio disse que sua família nunca se meteu em confusão, como disse a matéria. O diretor da agência disse ao parlamentar que a matéria apenas noticiou as duas versões dos fatos, apresentadas pelas partes envolvidas. Aquistapase questionou o porquê de o deputado não ter esperado a polícia e, assim, ter evitado a agressão. O deputado respondeu: 'Eu vou esperar a polícia por duas horas?'.
Antônio Rocha e o filho, Erlon Rocha, que é diretor regional do Detran, são acusados de terem agredido, na madrugada do dia 3, quatro jovens na orla de Santarém. Para justificar a agressão, o parlamentar alegou que foi ofendido verbalmente pelo grupo de adolescentes. Ainda ao telefone e aparentemente irritado, Antônio Rocha declarou em tom ameaçador ao empresário Júlio Aquistapase: 'Eu sempre respeitei o jornal, mas se vocês querem briga, vão ter briga!'.
O diretor da agência informou que o telefonema foi gravado e que não vai apresentar queixa à Polícia Civil, mas condenou a atitude do parlamentar. 'Isso é um desrespeito à liberdade de impressa. Os fatos pioram ainda mais quando o agente causador é um deputado estadual eleito por nossa cidade', disse Aquistapase. 'Ele (Rocha) diz que sua família nunca se envolveu em confusão, mas tem um filho, que aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri, acusado de homicídio. Isso mostra o histórico de violência que sua família tem', afirmou o empresário.

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