domingo, 22 de junho de 2008

Ver-o-Peso passa por operação “pente-fino”

No AMAZÔNIA:

Uma operação conjunta das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, secretarias municipais de Economia (Secon), de Saúde (Sesma), Coordenadoria Municipal de Turismo (BelemTur), Ministério Público, Guarda Municipal de Belém (Gbel) e Funpapa, reunindo cerca de 70 pessoas, promoveu uma espécie de 'faxina' durante a madrugada de ontem, no complexo do Ver-o-Peso, com o objetivo de coibir a venda de bebida alcoólica e a prostituição no local.
Uma barraca foi fechada porque estava comercializando bebida alcoólica, uma casa de prostituição também foi fechada e diversos estabelecimentos foram notificados por apresentarem irregularidades. Cinco máquinas caça-níqueis também foram apreendidas, além de dezenas de garrafas de bebida destilada. Duas pessoas foram detidas e encaminhadas para a Seccional Urbana do Comércio, incluindo um homem acusado de tráfico de drogas. Durante a operção, também foram encontradas máquinas caças-níqueis, proibidas por lei.
A ação conjunta foi planejada em três reuniões com os próprios feirantes do Ver-o-Peso, que reclamaram da desorganização geral e da presença de muitos vendedores não cadastrados. As equipes saíram da Seccional Urbana do Comércio e seguiram para a feira livre do Ver-o-Peso. De lá, os policiais foram para a Feira do Açaí. As outras áreas, como Mercado de Carne e a Pedra (onde é vendido peixe) deverão receber a operação em outra ocasião.
A Secon estima que pelo menos 10% das pessoas que trabalham no Complexo do Ver-o-Peso não têm permissão. Atualmente, apenas cinco mil pessoas têm autorização para trabalhar no local, segundo o secretário municipal de Economia, João Amaral. De acordo com o secretário, a união de diversos órgãos neste primeiro momento foi fundamental. 'O Ver-o-Peso é a maior feira aberta da América Latina. Então, a administração não é uma tarefa fácil. Com esse trabalho em parceria, temos a garantia de melhores resultados. A partir deste primeiro momento, com a ‘casa organizada’, será possível manter os trabalhos. Daqui para frente, a Secon continua a fiscalização com sua equipe diária que está sempre na área', complementou.
João Amaral disse ainda que está sendo feito um levantamento de todos os permissionários. 'É como um recadastramento, para saber exatamente quem está trabalhando irregularmente. A idéia é ordenar todo o espaço do Ver-o-Peso, verificando quem está comercializando bebida fora de hora ou em grande quantidade', frisou.
O secretário explicou que o Complexo tem um regulamento próprio (decreto municipal específico para o local), e que permite a venda de bebida apenas como acompanhamento de refeições. Na madrugada de ontem, quando os profissionais da Operação chegaram ao local, encontraram pelo menos cinco estabelecimentos vendendo bebida na feira e também na feira do açaí. 'A essa hora não tem nenhuma refeição sendo servida. Ou seja, de noite muitas barracas funcionam como bar, o que não é permitido', disse João Amaral.

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