Na FOLHA DE S.PAULO:
Perder há um bom tempo deixou de ser novidade para o Brasil em eliminatórias. Mas, ontem, em Assunção, a derrota foi dura, pesada, sem desculpa.
Sem razão, desta vez, em nenhuma das suas tradicionais explicações, o técnico Dunga viu sua equipe ser batida pelo Paraguai, por 2 a 0. Em um confronto que esteve longe de ser uma fotografia do momento.
O Paraguai mostrou mais técnica, organização tática, determinação, opções no banco. Ainda jogou praticamente todo o segundo tempo com um jogador a menos. Teve ainda Cabañas, que confirmou a fama de carrasco de brasileiros ao fazer um gol e acertar a trave duas vezes. E provou que a euforia antes do jogo não era por acaso.
"Tem dias que as coisas não andam", disse Dunga, que ficou nervoso quando questionado se uma derrota para a Argentina pode deixá-lo ainda mais pressionado do que já está.
"Eu não tenho bola de cristal como você, que já está adivinhando o resultado", respondeu o treinador a um repórter.
Dunga fala que não teme as críticas -ontem ele foi chamado de burro e teve sua saída pedida pelos torcedores que foram ao Defensores del Chaco.
"Treinador da seleção é sempre assim. A cobrança é constante", afirmou o treinador.
O resultado fez o Brasil, que acumula agora sete jogos sem vitórias como visitante por eliminatórias, cair para a quarta posição (começou a quinta rodada em terceiro) nesta edição do qualificatório, justamente a última posição que garante vaga na África do Sul sem a necessidade de uma repescagem.
E deixou o time de Dunga cinco pontos atrás do Paraguai, o líder do qualificatório e com uma campanha que lembra o Brasil do passado -13 pontos em 15 disputados, média de gols marcados superior a um por partida e apenas um tento sofrido em cinco partidas.
Mais aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário