O PSOL de Belém deixará para a undécima hora, deixará para os 45 minutos do segundo tempo a decisão sobre qualquer será seu candidato a prefeito de Belém. Até agora, o que está certo é apenas a data da convenção do partido: será no dia 28 deste mês, segundo informou ao blog a presidente municipal da legenda, vereadora Marinor Brito.
Ela também não fez qualquer especulação sobre a grande pergunta que não quer calar desde o início do ano: Edmilson Rodrigues, o arquiteto que já foi prefeito de Belém por duas vezes consecutivas e aparece como o primeiro colocado em todas as aferições sobre preferências eleitorais até aqui realizadas, será ou não candidato a um terceiro mandato?
Em conversas mais reservadas, Edmilson tem sinalizado fortemente que não pretende interromper suas atividades em São Paulo, onde se encontra desde que deixou a prefeitura, em 2004. E na última vez que esteve em Belém, no final de abril, Edmilson também não ofereceu, por mais remotamente que fosse, qualquer indicativo de que vai concorrer.
A presidente do PSOL revelou-se cautelosa em comentar o assunto: “Não temos condições de falar sobre isso [a candidatura de Edmilson] – nem que sim, nem que não. Precisamos esperar até a convenção do dia 28. É lá que decidiremos quem será o candidato do PSOL”, reforça Marinor.
Os excluídos de possíveis alianças
Mesmo sem um candidato à vista, no entanto, a vereadora ressalta que, em estrita obediência ao que foi deliberado em seu I Congresso, o PSOL em Belém não fará alianças, em hipótese alguma, com PSDB, DEM, PMDB, PT e os partidos mensaleiros. Sobra, portanto, um leque muito restrito de legendas com as quais o PSOL poderia se coligar, entre elas o PSTU e o PCB, partidos que compuseram a Frente de Esquerda em 2006.
Além disso, conforme a política de alianças, o PSOL pretende avançar na “consolidação da oposição de esquerda e programática ao governo Lula, demarcando também com a ‘oposição’ da velha direita, o que significa também oposição aos governos estaduais que encarnam este projeto.”
O PSOL, em todo o País, também se empenhará “para atrair setores sociais e partidários que estejam em contradição com o governo e a velha direita, inclusive com as forças majoritárias nos partidos de que fazem parte.”
Tentará ainda dialogar com setores sociais em contradição com o projeto do governo Lula e manter sempre sintonia com “os movimentos sociais e populares, como os sem-teto e sem-terra, o sindicalismo combativo, a intelectualidade com independência crítica, setores religiosos progressistas e correntes de esquerda.”
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