Oficial de justiça da Justiça Federal foi assaltado na manhã de ontem, no bairro da Terra Firme, por três homens armados. Avisaram-lhe que, se reagisse, seria executado ali mesmo. E ainda bem que não reagiu, porque está vivo para contar a história.
Roubaram-lhe tudo o que levava, inclusive molho de chaves – que tinha a chave do carro – e R$ 100,00. Pouparam-lhe, todavia, as dezenas de mandados que levava na pasta para cumprimento. Sem querer, os bandidos contribuíram para que a central de expedição de mandados não tivesse trabalho em dobro, o que ocorreria se tivesse de emitir novamente todas as notificações que o servidor leva.
O oficial de justiça ainda foi ameaçado de morte, caso fizesse o registro da ocorrência na polícia. Mas ele fez. Mesmo amedrontado, foi à polícia e contou tudo. Esta é uma das pouquíssimas coisas que ainda restam fazer ao cidadão desamparado que circula nesta Belém minada pela violência. Sabe-se que a polícia nada fará, mas o registro deve ser feito, pelo menos para os “fins legais”, conforme consta ao final do papelucho que entregam às vítimas de assaltantes.
Não é a primeira vez que oficiais de justiça vêem-se presas de bandidos. No final de abril passado, um outro foi assaltado no Conjunto Júlia Seffer.
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