Em O ESTADO DE S.PAULO:
Senadores da oposição ao governo cobram da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, esclarecimento sobre pressões que livraram o comprador da VarigLog do pagamento de uma dívida tributária calculada, há dois anos, em R$ 2 bilhões. O senador Demóstenes Torres (PSDB-GO) afirma que Dilma e a secretaria-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que comandou reuniões do processo de venda da companhia, deixaram o "prejuízo" para a União e o contribuinte. Ao comentar reportagem publicada ontem pelo Estado sobre essas pressões, Torres disse que está "claro" o "jogo de influência" no governo. "Quando se vende uma coisa se vende tudo, a parte boa e a parte ruim", afirmou.
"Sem a exigência da responsabilidade pela dívida, o prejuízo ficou para a União, isto é, para todos nós." Demóstenes Torres avalia que, a partir do depoimento de Denise Abreu no Senado, a oposição terá condições de abrir caminho para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
"Se a Denise Abreu confirmar as denúncias estará aberto o caminho para a CPI da Dilma ou da Varig", disse. "Essa CPI deve investigar toda a rede de influências, inclusive o compadre", completou, referindo-se ao advogado Roberto Teixeira, que atua no setor aéreo, e tem relação pessoal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Senadores oposicionistas sugerem que Dilma Rousseff se antecipe e dê explicações ao Congresso sobre a venda da VarigLog ao fundo americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), lembra que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, criou um novo padrão, que deveria ser seguido, ao se antecipar a um convite e se explicar sobre denúncias feitas de envio de armas para Venezuela.
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