Na ÉPOCA:
Quatro mulheres tagarelas, instáveis, complicadas, consumistas destronaram um dos maiores heróis da história do cinema. Desde que estreou nos Estados Unidos, há pouco mais de uma semana, Sex and the City, o longa-metragem inspirado na série de TV de mesmo nome, multiplica sua bilheteria, ofuscando até Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a aguardada volta às telas do personagem encarnado por Harrison Ford. A distribuidora Warner previa arrecadar US$ 35 milhões com Sex and the City no primeiro fim de semana nos cinemas americanos. Foram US$ 55 milhões – que geraram o inevitável tititi sobre um novo filme. Na televisão, mesmo quatro anos depois da última temporada da série, as reprises dos episódios continuam a atrair 2,5 milhões de telespectadores a cada exibição. Em Nova York, as lojas e os restaurantes que servem de cenário para os episódios são temas de passeios turísticos de agências. No Brasil, a estréia de Sex and the City estava programada para a sexta-feira 6 de junho e também se espera uma bilheteria recorde.
Por que, uma década depois de criada, Sex and the City ainda é um fenômeno? Provavelmente por ter sido a primeira, e ainda a única, série que mostra como as mulheres são – ou pelo menos como elas se vêem e gostariam de ser. Nunca antes a mulher de mais de 30 anos, cosmopolita e de classe média, fora retratada com tamanha fidelidade em suas conquistas e contradições. Todas as vezes que Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte, o quarteto fantástico de Manhattan, sentavam-se num bar e pediam um Cosmopolitan – coquetel à base de vodca e suco de cranberry, uma espécie de amora –, milhares de mulheres no mundo reconheciam a si mesmas ou a alguma amiga, prima ou vizinha. Que mulher desta geração não se viu, em alguma fase da vida, questionadora como Carrie, romântica como Charlotte, sarcástica como Miranda ou caçadora como Samantha?
Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha viraram ícones num momento em que as mulheres buscavam novas referências, passada a época da dedicação à família e a revolução dos sutiãs queimados. Nem tanto o fogão, nem tanto a selva do mercado. Daí a paixão sem fim por personagens que, ao mesmo tempo, pagam as próprias contas, correm atrás do amor e não sentem culpa por gastar uma fortuna num par de sapatos. “Essa é uma geração de mulheres que querem viver suas próprias fantasias. Solteiras, namorando ou casadas, querem ser donas de suas próprias vidas. Querem amar os homens que escolherem e comprar as roupas que quiserem”, afirma a sexóloga Pepper Schwarz, da Universidade de Washington, em Seattle. “As protagonistas de Sex and the City são ícones de um pós-feminismo que acreditam que os direitos da mulher já estão garantidos e que é hora de ir atrás dos sonhos individuais”, diz Márcia Messa, mestre em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Mais aqui.
Quatro mulheres tagarelas, instáveis, complicadas, consumistas destronaram um dos maiores heróis da história do cinema. Desde que estreou nos Estados Unidos, há pouco mais de uma semana, Sex and the City, o longa-metragem inspirado na série de TV de mesmo nome, multiplica sua bilheteria, ofuscando até Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a aguardada volta às telas do personagem encarnado por Harrison Ford. A distribuidora Warner previa arrecadar US$ 35 milhões com Sex and the City no primeiro fim de semana nos cinemas americanos. Foram US$ 55 milhões – que geraram o inevitável tititi sobre um novo filme. Na televisão, mesmo quatro anos depois da última temporada da série, as reprises dos episódios continuam a atrair 2,5 milhões de telespectadores a cada exibição. Em Nova York, as lojas e os restaurantes que servem de cenário para os episódios são temas de passeios turísticos de agências. No Brasil, a estréia de Sex and the City estava programada para a sexta-feira 6 de junho e também se espera uma bilheteria recorde.
Por que, uma década depois de criada, Sex and the City ainda é um fenômeno? Provavelmente por ter sido a primeira, e ainda a única, série que mostra como as mulheres são – ou pelo menos como elas se vêem e gostariam de ser. Nunca antes a mulher de mais de 30 anos, cosmopolita e de classe média, fora retratada com tamanha fidelidade em suas conquistas e contradições. Todas as vezes que Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte, o quarteto fantástico de Manhattan, sentavam-se num bar e pediam um Cosmopolitan – coquetel à base de vodca e suco de cranberry, uma espécie de amora –, milhares de mulheres no mundo reconheciam a si mesmas ou a alguma amiga, prima ou vizinha. Que mulher desta geração não se viu, em alguma fase da vida, questionadora como Carrie, romântica como Charlotte, sarcástica como Miranda ou caçadora como Samantha?
Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha viraram ícones num momento em que as mulheres buscavam novas referências, passada a época da dedicação à família e a revolução dos sutiãs queimados. Nem tanto o fogão, nem tanto a selva do mercado. Daí a paixão sem fim por personagens que, ao mesmo tempo, pagam as próprias contas, correm atrás do amor e não sentem culpa por gastar uma fortuna num par de sapatos. “Essa é uma geração de mulheres que querem viver suas próprias fantasias. Solteiras, namorando ou casadas, querem ser donas de suas próprias vidas. Querem amar os homens que escolherem e comprar as roupas que quiserem”, afirma a sexóloga Pepper Schwarz, da Universidade de Washington, em Seattle. “As protagonistas de Sex and the City são ícones de um pós-feminismo que acreditam que os direitos da mulher já estão garantidos e que é hora de ir atrás dos sonhos individuais”, diz Márcia Messa, mestre em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
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3 comentários:
Só para sabermos a quantas anda a bestialidade no mundo!
olá, estou fazendo minha monografia sobre sex and the city. e googlando posts e matérias sobre seriado acabei parando aqui.
vi que você colocou uma citação de Marcia Messa. Estou citando um artigo dela sobre seriados americanos no contexto brasileiro. você teria o e-mail dela?
estou ainda a procura de mais fontes sobre seriados americanos e SATC; e gostaria de tentar conseguir com ela um artigo que ela cita na bibliografia desse artigo.
se vc con hecer alguma coisa e quiser me indicar, agradeço!
Uns dos pilares do sucesso do SATC é, sem dúvida alguma, o enorme e fascinante guarda-roupa das personagens e seu flerte com o fashion. Atualmente, Sarah Jessica Parker retorna ao pequeno ecrã como produtor e estrela do série Divorce, que tem 10 capítulos e é lançado simultaneamente nos Estados Unidos e na América Latina. Frances interpreta Sarah, uma mulher com uma relação tensa com seu marido e dois filhos, que descobre que terminar o seu casamento e começar do zero não é fácil. Não podemos perder esta série de comédia em uma bela lugar em Nova Iorque, porque é uma grande proposta.
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