sexta-feira, 25 de abril de 2008

CPI da Pedofilia chega ao Pará e recebe apoio do governo

O combate à violência sexual contra a criança e o adolescente no Pará ganha reforço com as ações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, que investiga no Senado Federal denúncias sobre o crime em todo o País. A garantia foi dada pelo presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), que foi recebido em audiência no Palácio dos Despachos pela governadora Ana Júlia Carepa, no início da tarde desta sexta-feira (25).

Magno Malta veio ao Pará depois que a comissão recebeu denúncias de casos de exploração sexual na ilha do Marajó. Antes de vir a Belém, o senador e membros da CPI, dentre eles representantes do Ministério Público e da Procuradoria da República, foram à região ouvir os relatos do bispo do Marajó, dom José Luiz Ascona, que entregou um documento ao senador com os principais casos ocorridos no local.

Na audiência, Ana Júlia entregou a Magno Malta o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra a Criança e o Adolescente, lançado em maio do ano passado pelo governo do Estado em parceria com o governo federal. O plano contém uma série de ações, dentre elas o enfrentamento de crimes de natureza sexual contra crianças e adolescentes, como a pedofilia, numa ação que já acontece em quatro municípios do Marajó e em cidades que ficam às margens da rodovia BR-163, a Santarém-Cuiabá.

Ainda neste ano, segundo Ana Júlia, essa ação chegará à Região Metropolitana de Belém (RMB) e a municípios como Marabá e Altamira. "O governo do Estado está à disposição da CPI e vai colaborar como for possível para combater esses abomináveis crimes", disse a governadora, lembrando que uma das ações do recém-lançado programa "Pará, terra de direitos" é o enfrentamento à violência e exploração sexual infanto-juvenil.

Magno Malta informou que muitas das denúncias que a CPI da Pedofilia já recebeu envolvem nomes de autoridades e pessoas de influência, como empresários. Para ele, isso comprova que o crime não pode ser associado somente à miséria. "Não adianta apontar o dedo para o Marajó e sua pobreza e dizer que o Pará é uma terra sem lei porque lá existe exploração sexual infantil, quando muitos casos acontecem dentro de condomínios de luxo", criticou.

 

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