terça-feira, 23 de junho de 2020

Coleção de Beltrame, apreendida pela PF, inclui obras de Iberê Camargo, Burle Marx, Di Cavalcanti e Siron Franco

Parte do acervo de Alberto Beltrame, apreendido hoje de manhã (foto da Polícia Federal)

As obras apreendidas na manhã desta terça-feira (23), em imóvel pertencente ao secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, incluem-se quadros de Vicente do Rego Monteiro, Iberê Camargo, Burle Marx, Di Cavalcanti, Djanira, Siron Franco, dentre outros, além de pinturas e esculturas de arte sacra e decorativa que compõem conjunto significativo que ilustra as artes plásticas do Século XX no Brasil.

As informações foram atualizadas no início da noite de hoje, pela Polícia Federal, que mobilizou 25 policiais na Operação Matinta Pereira, em Porto Alegre e Xangrilá, ambas as cidades no Rio Grande do Sul. A operação é a segunda fase da Para Bellum, deflagrada em Belém e São Paulo, no dia 10 de junho, para investigar indícios de irregularidades na aquisição de respiradores imprestáveis pelo governo do Pará. As diligências também foram ordenadas pelo ministro do STJ Francisco Falcão, o mesmo que autorizou a operação realizada em Belém e São Paulo.

“Nesta fase preliminar, ainda não se pode atestar a autenticidade das obras. Contudo, está sendo feito contato com instituições de arte (museus) que possam custodiar e avaliar tal acervo, bem como fazer a manutenção e conservação das peças artísticas”, informou a Polícia Federal.

Beltrame se manifesta – Em nota distribuída à Imprensa, o secretário de Saúde, Alberto Beltrame disse o seguinte:

Esclareço que as obras de arte que estão no meu apto em Porto Alegre são fruto de 35 anos de trabalho.

Todas elas foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará.

Algumas obras são cópias e as que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda.

Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais.

Todo o meu patrimônio é absolutamente compatível com a renda que auferi com meu trabalho ao longo deste tempo.

Por fim, informo que os valores pagos pelos respiradores no estado do Pará foram integralmente devolvidos aos cofres do estado.

Alberto Beltrame

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