O secretário tem razão.
Não assinou mesmo.
E não assinou porque não havia contrato a
assinar.
Quem o diz é o promotor Daniel Azevedo, na
inicial da ação de improbidade que remeteu ao Juízo da 1ª Vara da Fazenda
Pública de Belém.
Na peça, o promotor ressalta, em pelo quatro
oportunidades, a inexistência de qualquer contrato. E mais: destaca que, no
curso mesmo do inquérito civil instaurado para apurar o caso, foi requisitado a
Beltrame que remetesse ao MP, no prazo de 10 dias, várias informações, entre
elas a “cópia integral do procedimento de contratação nº 2020/244009, incluindo
contrato, nota fiscal e quaisquer outros documentos que o compõem.”
Escreve o promotor na inicial da ação: “Ocorre
que, até os dias atuais [23 de junho], não foi protocolada qualquer resposta ao
ofício ministerial, tampouco apresentadas justificativas, mesmo todas as informações
requisitadas não necessitando de produção de documentos novos por parte da Sespa,
a qual deveria, portanto, já tê-los disponíveis e acessíveis aos órgãos de
controle, até por se tratar de contratação ocorrida há mais de dois meses e com
indícios de irregularidade amplamente noticiados na imprensa nacional.”
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