segunda-feira, 22 de junho de 2020

AGE apura indícios de fraudes na Sejudh. Documentos recolhidos abrangem o período de 2015 a 2020.


Servidores da AGE na Sejudh, durante a Operação Huios (fotos Divulgação AGE)

A Auditoria Geral do Estado do Pará (AGE) deflagrou na manhã desta segunda-feira (22) o que denominou de Operação Huios, para apurar indícios de fraudes em processos licitatórios na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh), em Belém. O Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil apoiou a operação, realizada após a AGE receber uma série de denúncias de possíveis irregularidades em processos licitatórios e compra de material que não foi repassado aos programas da secretaria.

Rogério Barra: na Sejudh de janeiro de 2019
até maio deste ano. Tom do discurso
do pai dele está subindo cada vez mais.
Foram colhidos documentos referentes a contratos, convênios, termos de parcerias e processos licitatórios no período de 2015 a 2020 do Programa Estadual de Proteção à Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH), Programa Estadual de Proteção à Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).

Os policiais fizeram uma inspeção no setor de licitações e financeiro da Sejudh e recolheram documentos e equipamentos, que serão encaminhados para análise na AGE e Polícia Civil.

Durans e Rogério Barra - Em 2015, quando o governador tucano Simão Jatene assumiu, a Sejudh foi ocupada por Michell Durans. A partir do início do governo Helder Barbalho, a secretaria esteve sob o comando de Rogério Barra, que deixou o cargo em 22 de maio. Filho do deputado federal delegado Éder Mauro, Rogério era presidente do Partido Social Liberal (PSL) quando entrou na equipe do governo estadual, além de já ter trabalhado como advogado, coordenador de controle interno e consultor jurídico na Secretaria de Estado de Pesca.

Éder Mauro,que integra a base de apoio bolsonarista no Congresso, está elevando cada vez mais seu discurso e tem usado suas redes sociais para fazer críticas cada vez mais duras e frequentes ao governo do estado.

O procedimento investigatório tem prazo de 180 dias para ser finalizado, podendo ser prorrogado. Sendo confirmados os indícios de irregularidades, a denúncia será encaminhada para os órgãos de controle tomarem as providências cabíveis.

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