quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Criança trazida do interior sofre na busca por leito

No AMAZÔNIA:

Uma criança rescém-nascida, prematura de seis meses, que estava respirando com a ajuda de aparelhos, saiu da cidade de Santana, no município de Aurora do Pará, e foi levada por uma ambulância particular, que presta serviços para a prefeitura do município, até a Fundação Santa Casa de Misericódia, em Belém, para ser internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Porém, a criança padeceu cerca de 2h30 no local e não foi atendida. A mãe do menino, Rita de Cássia, 38, que é professora, deu à luz por volta das 10h45 de ontem, no Hospital Nossa Senhora Aparecida, uma instituição privada credenciada ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Aurora do Pará.
A criança que nasceu pesando apenas um quilo, foi trazida às pressas para o hospital Santa Casa, pois precisava, urgentemente, ser internada em uma UTI Neonatal, para receber os devidos cuidados. Porém, ao chegar na maternidade, por volta das 15h30, a direção informou que não haviam leitos disponíveis e que o bebê prematuro deveria ser transferido para outra maternidade que pudesse disponibilizar o atendimento.
Segundo o motorista e responsável pela ambulância, a entrada do veículo, em que a criança estava, só foi permitida, depois que populares que estavam próximo ao local, revoltados com a situação, causaram tumulto em frente à maternidade. A criança permaneceu, ainda, mais de uma hora na maternidade e, mesmo assim, não foi disponibilizado leito. Levado até a Maternidade do Povo, o bebê foi internado.
Em nota, a Santa Casa de Misericórdia, informou que não havia autorização de internação hospitalar encaminhada pelo SUS. 'Tal providência é responsabilidade da instituição hospitalar que está atendendo o paciente ou da Secretaria Municipal de Saúde do local de origem da criança'. A direção do hospital informou ainda que a mãe da criança, Rita, nem mesmo sabia que estava grávida, e que, já chegou ao hospital sentido-se mal, dando à luz a criança. A direção do hospital disse ainda que, apesar de não dispor leito, a gerente de Internação da Santa Casa, Maria Betânia Ferreira, entrou em contato com o diretor de regulação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Charles Tocantins, que conseguiu um leito na Maternidade do Povo. Apesar da solução se feita pela esfera estadual, o correto era a Secretaria Municipal de Saúde entrar em contato com a Central de Leitos da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) para cadastrar o paciente.

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