quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Campi da Uepa em três municípios seguem ocupados

No AMAZÔNIA:

Mais de 350 estudantes da Universidade Estadual do Pará (Uepa) continuam a ocupar os campi de Paragominas, Redenção e Conceição do Araguaia em protesto contra o sucateamento de laboratórios, baixa estrutura da instituição no interior, falta de professores e grande corte nas vagas para o vestibular este ano, que chegou a 444. Durante a noite de ontem, estudantes de Paragominas apresentaram as pautas, levantadas durante os últimos doze dias de assembleias, em meio a uma audiência, que contou com apresença do pró-reitor de Gestão da universidade, Maximiniano Ramos e o procurador de Justiça do Estado, Wanderlei Lima.
Segundo Alexandre Cordeiro, um dos líderes do protesto em Paragominas, o principal motivo da ocupação compreende a prestação de contas e a transparência que foi prometida pela atual reitora da instituição, Marília Brasil, desde maio desse ano. 'A reitora assumiu o cargo com o compromisso de não só melhorar os cursos, como também ampliar o número de vagas, mas tudo o que vimos foi a dispensa de grande número de professores e técnicos', confirma Marcelo Bezerra, membro da Associação dos Docentes do Ensino Superior (Andes).
A ocupação de Conceição do Araguaia começou na última quinta-feira. Sexta-feira, Redenção também já se encontrava na mesma situação, seguida de Paragominas, nesta segunda-feira. Até o fechamento desta edição apenas estudantes de Redenção já haviam desocupado o núcleo da instituição, depois de conseguir R$ 8 mil para a compra de acervo bibliográfico e o cancelamento do corte de vagas para o vestibular.
Segundo informações cedidas pela Assessoria de comunicação da Uepa (Ascom), o Conselho Universitário (Consun) se reunirá nesta quinta-feira, dia 27, para votar o quadro definitivo de vagas dos Processos seletivos correspondentes a 2010. O edital para os cursos regulares e à distância deverão ser publicados na próxima sexta-feira.
De acordo com Marcelo Bezerra, a desocupação dos campi só ocorrerá caso a reitora Marília Brasil assine um documento se comprometendo a revitalizar os laboratórios, manter os profissionais temporários até final do ano e prestar contas a respeito do corte de verbas para educação, votado pela governadora Ana Júlia Carepa esse ano.
Em nota, a gestão superior não esclarece questões acerca da prestação de contas ou do corte de vagas no processo seletivo deste ano, apenas reconhece que o fortalecimento da Universidade depende de novos concursos para professores e funcionários, principalmente no interior do Estado.

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