Sespa e Secon faltam a palestra de feirantes

No AMAZÔNIA:

Não houve esclarecimento sobre a gripe A durante as palestras de comemoração do Dia Municipal do Feirante promovidas ontem no auditório do Banco do Brasil. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) teria confirmado presença de um especialista no assunto para explicar como os feirantes deveriam agir de forma a diminuir os riscos de contágio do vírus H1N1 durante a comercialização. Porém, os vendedores não tiveram sequer a justificativa para o 'furo' da Sespa e nem da Secretaria Municipal de Economia (Secon), outra convidada ausente.
Raimundo Oliveira, presidente da Associação dos Feirantes de Belém (Asfembel), entidade promotora do evento, lamentou a ausência de representantes da Sespa, pois há interesse da categoria em saber como diminuir as chances de proliferação da nova gripe. 'Há matérias na mídia que pessoas se afastam dos cinemas por causa da gripe suína. Como temos que nos comportar diante disso? O álcool em gel é inflamável? Não sabemos lidar com as questões básicas de prevenção da gripe', argumenta. Pelo menos, pondera o presidente, a reunião no auditório não foi inútil, uma vez que houve reflexões sobre como melhorar a qualidade do serviço e produto prestados à população.
Durante o evento, associados mais antigos deram palestras para os feirantes menos experientes, sobre os direitos e deveres de um comerciante informal. São 44 feiras, 18 mercados e três portos, todos de Belém, cadastrados na associação. 'Nosso objetivo principal aqui é a reflexão. Não podemos permitir que nos tratem como fora da lei, como caso de polícia. Temos nossos direitos e, só o fato de a associação existir, é uma prova de que estamos sabendo exercê-lo', afirma Raimundo Oliveira. Da mesma forma, os feirantes se dizem conscientes de suas obrigações para elevar a qualidade do ambiente.