No AMAZÔNIA:
Ao empatar por 1 a 1 ontem à noite em Marabá o Clube do Remo manteve a invencibilidade de oito jogos nessa fase sem amistosos. Mas o jogo com o Internacional, equipe da localidade de Morada Nova, foi provavelmente o teste mais forte que o Leão Azul teve até aqui. Os comandados de Sinomar Naves estiveram em desvantagem no placar durante quase toda a partida e só conseguiram e igualdade nos minutos finais. O confronto também foi complicado no quesito disciplinar. Os azulinos deixaram o estádio Zinho Oliveira reclamando bastante da arbitragem. Ao todo, três jogadores do Remo e dois do Internacional foram expulsos.
No começo dessa fase sem jogos oficiais o técnico do Remo salientava que as dificuldades que ela traria - viagens longas e desgastantes, acomodações acanhadas, campos ruins e adversários mais peladeiros que profissionais - trariam um certo ganho para os atletas, especialmente os mais jovens, que ganhariam em amadurecimento. Se a viagem, a acomodação e o gramado em Marabá são bons, o adversário completou o último componente citado antes.
Vá lá que o time de Morada Nova teve alguns profissionais, como Marcondes e Caçula - o ex-jogador e hoje deputado estadual Robgol, que era dado como reforço do time, não jogou -, mas os jogadores do Internacional entraram em campo como se estivessem por disputar quase uma decisão, e não um jogo festivo e com caráter beneficente. 'Nós viemos para jogar futebol, mas parece que o adversário não, e com a complacência da arbitragem. O Remo é um time composto basicamente por jovens e é normal que acabe por entrar no clima em que estava a partida', comentou Sinomar, que lembrou do fato do jogo ter servido ao amadurecimento dos mais novos. 'O importante é que mesmo com essas dificuldades eles se apresentaram bem. Isso os faz crescer como profissionais.'
O Internacional abriu o placar aos 37 minutos do primeiro tempo através do atacante Hermano, quando era o Remo quem mandava na partida. Ele aproveitou um contra-ataque puxado pelo lateral-esquerdo Marcondes e chutou de pé direito na saída do goleiro Evandro. O Leão Azul só empatou aos 42 da etapa final. O atacante Hélinton fez boa jogada e rolou para trás para o meia Paulo André dominar, livrar-se do marcador e chutar colocado no canto.
Paulo André tem 17 anos e, como a delegação que viajou a Marabá não tinha reservas para o ataque, foi incumbido de atuar mais avançado e aproveitou a chance. 'Esse gol veio em boa hora para evitar uma derrota. Ganhei essa oportunidade do professor Sinomar e acho que me saí bem', disse o jogador, que defendeu o titular da posição. 'O Alessandro vem jogando bem, infelizmente não está tendo sorte nas finalizações', completou Paulo André. Em tempo, Alessandro ainda não marcou nenhum gol nos amistosos.
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