sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Família de sargento morto quer processar hospital

No AMAZÔNIA:

Família de sargento do Exército José Clivomar Mafra Pinheiro, 30, que morreu no último dia 8 deste mês, pretende processar o Hospital Regional Abelardo Santos, por erro médico e negligência no atendimento ao paciente. Após a denúncia de que pacientes estavam sendo atendidos por um estudante do quarto ano de Medicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa), com o consentimento do ex-diretor José Aldo de Oliveira Pinho, que foi exonerado do cargo, parentes resolveram denunciar o caso.
Segundo a mãe da vítima, Irene Maria Mafra Pinheiro, no dia 4 deste mês, José que estava em sua casa, sentiu-se mal e avisou-a que iria até o hospital Abelardo Santos, pois pensou estar contaminado pelo vírus da gripe A (H1N1). Chegando lá, um médico que estava de plantão, o examinou e encaminhou para fazer uma medicação endovenosa (vacina). O rapaz foi para casa e, após tomar um banho, começou a passar mal, como se a medicação tivesse causado uma 'reação alérgica' ao seu organismo.
'Meu filho passou mal, depois que tomou a vacina no hospital. Ele chegou em casa e foi tomar um banho, ao sair do chuveiro se sentiu muito mal e resolveu voltar para o hospital, junto com um irmão dele. Lá, aplicaram outra injeção nele, mas ele só piorava. Ele estava ficando com várias partes do corpo inchadas, com ‘bolhas’ e chegou até a desmaiar, mas, foi reanimado pelos médicos. Então ele ficou em observação até umas 23h', afirma dona Irene.
Após ficar em observação, José Clivomar voltou para casa. Mas, segundo contou o irmão do jovem, Cristovam Manoel Mafra Neto, 33, o estado de saúde do irmão se agravou ainda mais. Foi, então, que, por volta de 2h da madrugada, a família resolveu levá-lo para o Hospital Geral de Belém do Exército (HGB).
O irmão do paciente, Cristovam Neto, disse que quando chegou ao HGB, o irmão estava completamente inchado, com muitas dores no corpo, com dificuldades para urinar e com diarréia. Ele passou por uma avaliação feita pelos médicos, na qual ficou constatado que José havia sido contaminado por uma bactéria. Os médicos deram mais algumas medicações ao paciente, porém, o organismo dele não estava reagindo aos medicamentos.
José permaneceu internado quarta-feira (5), quinta-feira (6) e, na sexta-feira (7), os médicos constataram que a medicação não estava fazendo efeito, pois o estado de saúde do paciente só piorava a cada dia. Foi então, que os médicos descobriram que haviam outras bactérias no organismo de José, por esse motivo ele não estava reagindo ao tratamento. 'Ele permaneceu no CTI até às 21h de sábado e, depois, faleceu', lamenta Cristovam Neto, irmão do sargento José.
Ao entrarmos em contato com o Hospital Regional Abelardo Santos, fomos informados que não havia ninguém no momento, responsável pelo hospital, que pudesse prestar esclarecimentos sobre o episódio que aconteceu com o paciente José Clivomar. Já que o ex-diretor José Oliveira Pinho foi exonerado do cargo, pela governadora do Estado, Ana Júlia Carepa.

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