No AMAZÔNIA:
As tradicionais praças de Belém apresentaram um movimento fraco na manhã de ontem. Os vendedores das barraquinhas das Praças da República e da Batista Campos já até adaptaram a produção ao número de consumidores que devem freqüentar o local nos próximos meses. De acordo com Conceição Costa, que comercializa produtos regionais, o início do ano é um período de pouco movimento. Por isso, ela se prepara para redução nas vendas. 'Minha produção sempre é compatível com a quantidade de pessoas que vem à praça da República. Tem todo um planejamento. Mas quem não se preocupou com isso, com certeza vai enfrentar prejuízos', disse.
Para o vendedor de bordados Isaac Elmescany, o feriado é sempre aproveitado para adiantar a produção e deixar o estoque guardado para os meses em que as vendas são melhores. Mas prejuízo é uma palavra que não existe no vocabulário do artesão. Ele explica que as vendas do Natal compensam o período de baixa procura. 'Vendemos muito no Natal e agora a gente traz uma quantidade de produtos um pouco reduzida', contou Isaac.
Já o vendedor de doces Eliezer Santos Cunha não tem um pensamento tão positivo. Ele, que vende um produto bem mais barato e depende muito mais do público infantil, considera esse período de férias bastante complicado. Eliezer explica que, além das férias, as chuvas também atrapalham as vendas nos próximos meses. 'Quando chove não há a mínima condição de se trabalhar na praça, que é um lugar aberto. Acredito que este ano vai ser como o anterior, com as vendas melhorando só em maio', informou.
Eliezer Santos Cunha também disse que, por causa das festas de fim de ano, a população está sem dinheiro. A maioria das pessoas que freqüenta a praça em janeiro, segundo o vendedor de doces, só quer passear, não consumir. 'Venho trabalhar desestimulado, pois sei que não irei vender o mesmo dos meses anteriores, mas tenho que trabalhar para sustentar a minha família', explicou.
Tranqüilo - Quem resolveu aproveitar o feriado prolongado para descansar, não teve do que reclamar. Por causa do pouco movimento nas praças, as crianças puderam brincar mais à vontade. A empregada doméstica Lúcia Santos, por exemplo, disse que se todos os domingos fossem tranqüilos, freqüentaria a praça da República mais vezes durante o mês. 'Não viajei para o litoral, mas adorei ficar na cidade. Deu para descansar bastante e ainda curtir com o meu filho esse dia ensolarado', contou.
Para Lúcia Santos o dia só não foi melhor, porque faltou na praça da República uma programação especial para quem ficou na cidade. No local, tinham apenas os carrinhos para as crianças, que são pagos, e uma tradicional roda de capoeira.
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