O advogado e leitor do blog Luiz Neto deixou o seguinte comentário sobre a postagem Polícia agora é refém de “assalto repentino”:
Geraldo, secretário, permita-me assim chamá-lo, sua entrevista, em tese e com todo o respeito, é um primor do ranço de funcionário público que ainda não entendeu a verdadeira função do Estado e da Polícia. Ou seja, não está compromissado, ao que parece, com as soluções – urgentes – das demandas que lhe são postas e, por isso, deixa a carruagem andar, sem qualquer compromisso com o legítimo clamor da população, afinal, sem importar a classe (alta, média, baixa, A, B, C, D, e todas as letras do alfabeto), todos, à exceção dos bandidos, queremos solução imediata para o problema que está sob sua jurisdição específica, qual seja, a segurança pública.
E, sempre em tese, parece que esta solução ou o dileto secretário não tem ou, se a tem – o que parece pouco provável - não quer nos dar. E assim, com suas afirmativas, faz a festa dos delinquentes, seguros que ficam de que podem continuar a nos atemorizar porque, nada, absolutamente nada, de imediato, será feito.
E olhe que pessoas diversas têm-me tecido elogios ao seu preparo como policial, como alguém que cultiva a inteligência da Polícia etc. Mas, com todo respeito, parece que o eminente policial não tem controle algum sobre a situação de insegurança e violência que grassa sobre Belém, sobre o nosso amado Estado do Pará. E a sua entrevista, outra vez respeitosamente, deixa entrever a falta de uma estratégia específica, urgente, imediata, para se contrapor à audácia dos delinquentes.
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“Que tal, também, com maior presença de policiais - motorizados ou não - nas vias públicas, alertas, compromissados, verdadeiramente, com a segurança da população? Que tal, finalmente, a implementação das devidas melhorias nas instalações policiais.”
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Pode até ser, eminente secretário, que eu esteja totalmente equivocado, mas que tal começar, por exemplo, com mais policiamento preventivo e ostensivo.
Que tal se o secretário começar a treinar (acho que os policiais –civis e militares - já são preparados para isto) a abordagem dos cidadãos, suspeitos ou não, nas vias públicas, nos carros, nas motos, nas bicicletas,etc, como se fazia outrora, com bons resultados?
Que tal, ainda, se possível for, se pensar na volta dos distritos policiais nos bairros da cidade, como era antes, adicionando-lhes a possibilidade de que eles sejam uma efetiva base do policiamento – Civil e Militar – em cada bairro?
Que tal, também, com maior presença de policiais – motorizados ou não - nas vias públicas, alertas, compromissados, verdadeiramente, com a segurança da população?
Que tal, finalmente, a implementação das devidas melhorias nas instalações policiais; na informatização ágil que permita ao policial saber, da abordagem na rua, a real condição do cidadão abordado, de seu carro, de sua moto etc; na condição salarial do policial;
Para isso, secretário, ao que me conste, há programas do governo federal (Ministério da Justiça, dentre outros) que permitem a implementação de tais melhorias, como o aparelhamento das polícias com veículos modernos, com equipamentos modernos etc.
Geraldo, secretário, não me queira mal, mas medite, profundamente, sobre a sua entrevista e veja que a situação não atinge somente a classe média, mas a todos nós, singelos cidadãos, que, com todos os tributos que pagamos e que pagam também o seu salário, queremos soluções para ontem. E eu sei que o secretário tem a mais plena condição - efetiva e de efetivo - de nos dar a resposta que queremos ter, e não evasivas que vislumbram um futuro de paz na Terra Prometida, enquanto nós, os cidadãos de agora, morremos nas mãos dos bandidos...
Que Deus o ilumine sempre!
6 comentários:
Ainda há pouco fiz uma caminhada, indo da Gama Abreu até a Presidente vargas (esquina com a Riachuelo) e nao vi um único soldado PM. É curioso que a partir das 19 h fica raro avistar um policial nas ruas ( Oficial então nem pensar) e muito menos policiais civis, que vivem no choco das delegacias. PM em belem vivem a serviço ( disfarçado) das lojas.
Rapaz, não há autoridade para dar ordens para esses caras.
Aliás, quem vai se sujeitar a enfrentar bandido por setecentos reais ou passar a noite na delegacia por tres mil reais?
Você se submeteria?
Tudo que não presta, podem perceber, é mau remunerado. Escolas e hospitais públicos são exemplos dessa verdade. A segurança é a mesma coisa. Hoje se o sujeito quiser mais segurança tem que contratar a segurança privada. Daqui há pouco vão fazer o mesmo com o judiciário e o ministério público.
Boa parte da culpa pelo aumento da criminalidade em Belém é da própria população e da Imprensa, que hoje se queixam.
Na verdade, a população se queixa e sofre na pele há muito tempo. A diferença é que, hoje, finalmente, a classe média tem se mobilizado e encontado eco nos grande veículos de comunicação paraenses, coisa que pobre dificilmente consegue. Entretanto, nem esta classe média alta, nem Imprensa, manifestaram-se durante o longo processo de sucatemento da segurança pública do Pará. Foram sucessivos mandatos de pouquíssimo ou nenhum investimento, seja no setor de enfrentamento da criminalidade, seja na questão social, que serve de prevenção. Queriam o quê? É evidente que só poderiamos ser conduzidos a este cenário de penúria, em que nos encontramos. E o calvário já vem de longa data...
O mais trágico é que, só agora, a gente vê indignação tão acentuada, cobranças mais enérgicas ao executivo, referências a própria sucessão estadual de 2010 (como li neste próprio blog). Meu Deus, quanta incoerência, quanto cinismo! Onde estava toda esta insatisfação, destes cidadãos, dos jornalistas, durante os tantos mandatos, estes sim, de desgoverno, negligência e inoperância na área de segurança. Nenhum governador do mundo pode zerar a criminalidade e garantir que todos os cidadãos estarão livres de assaltos, sequestros ou até homicídios. Mas, os fatos, os dados, o números, estão aí. Quem investiu? Quem concursou policiais? Quem está proporcionando viatura e infraestrutura para segurança? Isso não é preferência partidária, nem opinião, são fatos concretos.
O que eu desejo aos paraenses, é muita segurança, e muita informação isenta.
Agora por volta das 8:00 sai da Ruy Barbosa fui até a Santa Casa e depois até a Beneficente Portuguesa, depois voltei a Rui Barbosa passando pela Doca, Boa Ventura, Bernaldo Couto e não vi um Policial, como vbai ter segurança?
Senhor anônimo das 12:09 Hs., a função da Polícia Civil é a de apurar o fato tido como criminoso após a sua feitura, a prevenção é da Polícia Militar, mas me diga qual o crime que a polícia civil do pará deixou de descobrir sua autoria nos últimos meses ? Nenhum, todos foram devidamente esclarecidos.
Ei anônimo das 14:38, conta outra.
Seja sincero. Mostre-nos, por exemplo, os números de homicídios ocorridos nos últimos três anos em Belém e quantos foram solucionados.
Não se esqueça de computar os mortos que deram entrada no IML e que sequer foram instaurados inquéritos policiais.
Certamente que a Polícia Civil não é a única culpada pela violência, mas tem culpa, sim, infelizmente.
Aliás, fui roubado na frente de minha casa, fiz o boletim de ocorrências e nada foi feito. Conte, pois, outra piada.
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