sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Polícia agora é refém de “assalto repentino”

No AMAZÔNIA:

Depois de mais um dia marcado por uma onda de assaltos em Belém, em que homens em motocicletas assaltaram clientes do Banco do Brasil e Itaú, o secretário de Estado de Segurança Pública (Segup), Geraldo Araújo, admitiu, ontem, que o número de crimes contra o patrimônio tem aumentado na cidade. 'É provável que tenha aumentado, sim. Mas também está aumentando a reação e a resposta a esses crimes', revelou, sem informar o essencial: os números oficiais dessa resposta, que compõem a estatística da Polícia Civil.
A Segup, hoje, disse Araújo, trabalha com a possibilidade de que os chamados 'assaltantes de comportamento repentino' podem ser os mesmos das quadrilhas de assalto a banco, que estão migrando de 'função'. Ele chegou a essa hipótese depois de garantir que aumentou, por parte do governo, o cerco aos assaltantes e quadrilhas de roubos a bancos. 'A expressão sensação de insegurança foi riscada do meu dicionário. A situação é grave, mas não é só em Belém, é nacional. Não queremos passar pânico para população. Quando morre um cidadão ninguém repercute. Mas quando é alguém da sociedade, a repercussão é grande. Segurança pública não se faz da noite para o dia', disse.
Araújo disse, ainda, que apesar de ter ocorrido a morte do procurador do município de Belém, Marcelo Castelo Branco Iudice, o 'tempo-resposta' das Polícias Civil e Militar à ação dos bandidos foi imediato. 'Não temos como prevenir um caso como esse, de assalto repentino. A prevenção acontece em casos de investidas a bancos, nas quais os assaltantes têm mais tempo para planejar', esclarece. 'É impossível prever esses assaltos que dependem do comportamento abrupto do ser humano, onde (sic) a pessoa está passando e decide que vai assaltar'.
Nada - Nenhuma operação especial será deflagrada nos próximos dias para coibir assaltos em Belém, segundo o secretário. Ele explicou que não pode realizar operações em função de mortes de pessoas ou profissionais da classe média. 'Se formos fazer uma operação, vamos fazer para todos. Não posso afirmar isso porque morreu uma pessoa de renome. Vou fazer uma operação por todos. Eu sei que a dor da família ninguém vai aliviar, reverter. Mas eu faço operação para todos porque outros cidadãos também morrem'.
O 'tempo-resposta' a que o secretário se refere é o espaço de tempo entre o crime e a morte do assassino do procurador e a prisão do outro ladrão, depois de troca de tiros com a polícia. 'Isso significa que estamos fazendo algo, sim. O que não podemos fazer é colocar um policial na porta de cada estabelecimento comercial, na porta de casa ou de cada escola', afirmou.
Mãos atadas - Araújo disse que não há muito o que fazer ou como prever os assaltos seguidos de morte como os que ocorreram com o advogado e diretor jurídico do Grupo Líder, José Francisco Vieira; com o médico cardiologista Salvador Nahmias; e o Marcelo Iudice. O que o serviço de inteligência pode fazer, informou, é monitorar, prever e desbaratar os assaltos a bancos. O Estado está finalizando, disse, os processos licitatórios para a compra de equipamentos que prometem revolucionar a área. 'Teremos equipamentos que nenhum outro Estado do Brasil terá. Nem mesmo São Paulo'. Mas questionado sobre quais seriam esses equipamentos, Araújo disse preferir não revelar. Especula-se que se tratem de aparelhos de interceptação, que fazem varredura ambiental e telefônica, varredura antidrogas, entre outros.

2 comentários:

Anônimo disse...

CARA, BELO POST,REALMENTE ESSA TERRA SEM LEI. PRECISA DE UM FREIO URGENTE. ALGUMA COISA COMO PATAM, ROTA E QUE TAIS. CHEGA DE OLHARMOS ESSA VIOLÊNCIAO ABSURDA PARALIZADOS E PATETICOS, VAMOS AS MANIFESTAÇÇÕES NAS RUAS , NAS PRAÇAS , NO TRANALHO , EM CASA ,NA NET SEJA ONDE FOR, CHEGAMOS AO FUNDO DO POÇO E ESSE POÇO PARECE NÃO ETER FIM E FEITO DE LAMA E VERGONHA NOS AFUNDANDO CADA DIA MAIS. VAMOS ENFRENTAR A TURBA DE FORMA ORDEIRA, MAIS, ORGANIZADA. TIRARAM NOSSO TRANQUILIDADE, NOSSO SOSSEGO E FUTURAMENTE PODERÃO TIRRA NOSSOS ENTES QUERIDOS. TALVEZ SEJA TARDE PARA ESTA GERAÇÃO E AOUTRA, PORÉM,COMECEMOS AGORA A CLAREAR O FUTURO DAS PROXIMAS. INVESTIMENTO EM SEGURANÇA EM EDUCAÇÃO E EM GERAÇÃO DE EMPREGO E O CAMINHO , SEM FALAR NA FAMÍLIA ESSA ENTIDADE TÃO CARA E QUE HOJA VALE TÃO POUCO A MAIORIA DAS PESSOAS , HOJESER EDUCADO VIROU PATETICE, SER HONESTO VIROU BURRICE, SER RESPEITADOR VIROU PIEGUIÇE. O BARATO E SER MALANDRO, COMER TODAS, TOMAR TODAS, IR PARA BALADA , OUVIR MUSICA ALTA É DISSO QUE A MULHERADA GOSTA , O RESULTADO É UMA SOCIEDADE EGOISTA EFETIDA ONDE VALE MAIS O SALVE-SE QUEM PUDER. CADE A CONVERSA A PORTA DE CASA, A CAMINHADA NOTURNA , A BRINCADEIRA DE RODA, FICOU PARA TRÁS , HOJE ESTAMOS PRESOS A NET , A TELEVISÃO E OS SEUS BROTHERS , A UM MEDO AVASALADRO QUE LEVA A SOLIDÃPO E AO DESAMPARO. CHEGUEI EM CASA DO TRABALHO, NADA ME ACONTECEU , ESTOU VIVO, NÃO FUI ROUBADO, ASSASSINADO OU ESTORQUIDO . SERÁ QUE VALE A PENA VIVER ASSIM.

Anônimo disse...

Geraldo, secretário, permita-me assim chamá-lo, sua entrevista, em tese e com todo o respeito, é um primor do ranço de funcionário público que ainda não entendeu a verdadeira função do Estado e da Polícia. Ou seja, não está compromissado, ao que parece, com as soluções – urgentes – das demandas que lhe são postas e, por isto, deixa a carruagem andar, sem qualquer compromisso com o legítimo clamor da população, afinal, sem importar a classe (alta, média, baixa, a, b, c, d, e todas as letras do alfabeto), TODOS, à exceção dos bandidos, queremos solução imediata para o problema que está sob sua jurisdição específica, qual seja, a segurança pública.
E, sempre em tese, parece que esta solução ou o dileto secretário não tem ou, se a tem – o que parece pouco provável - não quer nos dar. E assim, com suas afirmativas, faz a festa dos delinquentes, seguros que ficam de que podem continuar a nos atemorizar porque, nada, absolutamente nada, de imediato, será feito.
E olhe que pessoas diversas têm-me tecido elogios ao seu preparo como policial, como alguém que cultiva a inteligência da Polícia, etc. Mas, com todo respeito, parece que o eminente policial não tem controle algum sobre a situação de INSEGURANÇA E VIOLÊNCIA QUE GRASSA SOBRE BELÉM, SOBRE O NOSSO AMADO ESTADO DO PARÁ. E a sua entrevista, outra vez respeitosamente, deixa entrever a falta de uma estratégia específica, urgente, imediata, para se contrapor à audácia dos delinquentes.
Pode até ser, eminente secretário, que eu esteja totalmente equivocado, mas que tal começar, por exemplo, com mais policiamento preventivo e ostensivo.
Que tal se o secretário começar a treinar (acho que os policiais –civis e militares - já são preparados para isto) a abordagem dos cidadãos, suspeitos ou não, nas vias públicas, nos carros, nas motos, nas bicicletas, etc..., como se fazia outrora, com bons resultados?
Que tal, ainda, se possível for, se pensar na volta dos distritos policiais nos bairros da cidade, como era antes, adicionando-lhes a possibilidade de que eles sejam uma efetiva base do policiamento – civil e militar – em cada bairro?
Que tal, também, com maior presença de policiais – motorizados ou não - nas vias públicas, alertas, compromissados, verdadeiramente, com a segurança da população?
Que tal, finalmente, a implementação das devidas melhorias nas instalações policiais; na informatização ágil que permita ao policial saber, da abordagem na rua, a real condição do cidadão abordado, de seu carro, de sua moto, etc; na condição salarial do policial;
Para isto, secretário, ao que me conste, há programas do Governo Federal (Ministério da Justiça, dentre outros) que permitem a implementação de tais melhorias, como o aparelhamento das Polícias com veículos modernos, com equipamentos modernos, etc...
Geraldo, secretário, não me queira mal, mas medite, profundamente, sobre a sua entrevista e veja que a situação não atinge somente a classe média, mas a todos nós, singelos cidadãos, que, com todos os tributos que pagamos e que pagam também o seu salário, queremos soluções para ontem. E eu sei que o secretário tem a mais plena condição - efetiva e de efetivo - de nos dar a resposta que queremos ter e não evasivas que vislumbram um futuro de Paz na Terra Prometida, enquanto nós, os cidadãos de agora, morremos nas mãos dos bandidos....
Que Deus o ilumine sempre!