domingo, 4 de janeiro de 2009

Prefeitura, Estado e Celpa jogam festa na lata do lixo

Do leitor Paulo Roberto, sobre a postagem Apagão total na virada:

Algumas organizações sociais da ilha [Mosqueiro] fizeram um esforço danado para convencer algumas autoridades a fazer um pequeno investimento que pudesse fortalecer alguns eventos na ilha que estavam condenados, pela falta deste investimento, a acabar. Conseguimos nos últimos 5 anos fortalecer o réveillon como um evento que gerasse renda para a população local.
Observamos que a presença de um segmento que consome tem sido marcante nestes anos. A festa da virada na orla tem se transformado em uma tradição onde os comerciantes locais fazem um grande investimento. O papel da Agencia Distrital e da Polícia é tão somente o de organizar um pequeno palco com fogos e garantir a segurança da população. O custo é baixíssimo e o benefício é elevado.
Infelizmente, neste ano, a prefeitura através da Saaeb, o Estado através da Cosanpa e a Rede Celpa jogaram este investimento na lata do lixo. Na área da vila e Maracajá faltou água por todo o dia 31 e primeiro de janeiro, pois a Saaeb resolveu fazer a manutenção do sistema exatamente no dia 31, o que ocasionou um grande problema em todo o sistema de abastecimento.
Hoje, dia 4 de janeiro, a população local e os visitantes que insistem em permanecer na ilha ainda reclamam da falta do líquido precioso. Uma vergonha. Vergonha mesmo fez a Celpa, que até hoje não apresentou uma justificativa para a falta de energia. O comerciante preparou a ceia, contratou garçom, segurança, DJ, decorou o ambiente, alugou o som e, para seu desespero e frustração, foi presenteado com a incompetência da Rede Celpa.
Graças ao bom Deus, a ilha continua bela com seus encantos e sua história. Faço este comentário apelando ao Flanar e ao Espaço Aberto para não entrarem nesta campanha de "Mosqueiro Nunca Mais'.
A incompetência dos gestores não pode ser motivo para penalizar a população local que precisa desesperadamente da presença de visitantes para continuarem ganhando a vida. um abraço.

Paulo Roberto


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Do Espaço Aberto:

Caro Paulo, daqui, pode esperar, não haverá campanha do tipo “Mosqueiro Nunca”.
E o blog está convicto de esse é o mesmo ânimo do Flanar.
Apenas noticiamos. Apenas informamos.
E fatos como esses que você revela, de omissões e erros por parte da prefeitura, do Estado e da Rede Celpa, precisam ser divulgados justamente para que não se repitam.
Os mosqueirenses – tanto a população residente como os que vão sempre ao balneário para descansar – merecem, certamente, coisa bem melhor do que aquelas que você relata no seu comentário.

2 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Pobre de mim quando o Flanar tiver força para de fato instalar "campanhas" de faça isso e faça aquilo.
Ele não tem, Graças a Deus!
E longe de mim iniciar "campanhas" contra meu sempre lembrado espaço preferido: Mosqueiro. É só digitar Mosqueiro no Flanar e lá será constatada minha mais absoluta paixão por aquele lugar. A despeito de todas as críticas que adeptos de outras localidades sempre fazem.
Estarei sempre lá, como sempre estive ao longo de 46 anos.
Mas ao Reveillon, nunca mais mesmo!
E não é apenas pela falta de luz e água (o que não é pouco), que vez por outra sempre faltam por lá, historicamente.
Mas pela absoluta impossibilidade de levar minhas duas crianças para lá novamente, em tempos de festanças, onde geralmente, predominam o abuso do volume de som nos carros, infringindo uma lei básica em favor do bem comum, sem que nenhuma autoridade a faça valer. E minha tolerância existe nos mais variados momentos. Não fui para lá para exigir silêncio no reveillon. Nunca tinha experimentado o reveillon no Mosqueiro. Fui para lá apto a tolerar todos os abusos que sempre ocorrem, levando em consideração o consagrado dia do reveillon. Mas me desculpem: ruído ensurdecedor das mais variadas e próximas fontes, de gosto duvidoso, associado à escuridão e a falta d'água? É ou não é dose para elefante?
Por isso, é que eu pessoalmente, jamais irei para lá em períodos de abusos desmedidos das mais variadas esferas administrativas, desrespeito de elementos alcoolizados aos borbotões, que definitivamente, não fazem por merecer as belezas daquela ilha.
Ou se instala a lei e os bons serviços públicos ou se lide com o caos.
Se querem faturar um pouquinho aproveitando o atrativo de um reveillon ou qualquer outro evento sazonal, que o façam. Mas respeitando o direito de todos, como manda a constituição.
Que se encontre a solução que seja de acordo com estes limites.
Ou então, que se amargue dias piores.
Eu, realmente, jamais voltarei lá outra vez na virada do ano.
Apenas continuarei indo os demais 200 dias onde ainda é possível encontrar a ilha dentro de limites toleráveis.
Abs

Anônimo disse...

Esse negócio de "Mosqueiro Nunca" é um absurdo!
Mosqueiro Jamais seria mais adequado.