Morre o jurista Baim Klautau

No AMAZÔNIA:

O jurista Aldebaro Cavaleiro de Macedo Klautau Filho, de 73 anos, conhecido entre familiares e amigos como Baim Klautau, faleceu, no início da noite de ontem, após 15 dias internado em decorrência de problemas cardíacos.
A notícia foi recebida cerca de dez minutos depois pela família do advogado, que estava internado no hospital Beneficente Portuguesa, no bairro do Umarizal, em Belém. Segundo o filho dele, Eduardo Corrêa Pinto Klautau, de 38 anos, as complicações cardíacas do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção Pará, resultaram em falência renal e no seu falecimento.
O corpo está sendo velado desde o final da noite de ontem no plenário Aldebaro Klautau (em homenagem ao pai dele), na sede da OAB. O enterro será às 16 horas, no cemitério de Santa Izabel.
Conhecido por sua notoriedade na advocacia, Baim Klautau é apontado pelos colegas de profissão como um dos maiores tributaristas do Estado. 'Ele foi professor do curso de Direito da Universidade Federal do Pará (UFPA) por cerca de três décadas, tendo contribuído para a formação de muitos operadores do Direito desse Estado. É sem dúvida uma grande perda para a advocacia paraense', disse a presidente da OAB-Pará, Ângela Sales, acrescentando que o jurista era amigo de seu pai, Egydio Salles, tendo tido a oportunidade de conviver com Baim também no meio familiar.
O jurista possuía um extenso currículo acadêmico e de atuação advocatícia. Foi consultor jurídico da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Procurador-Geral do Estado, Procurador-Geral da prefeitura de Belém, além de ser titular de um dos mais conceituados escritórios de advocacia do Pará. Os veículos de comunicação das Organizações Romulo Maiorana (ORM) eram clientes do jurista. 'Além de um brilhante jurista, ele era um profundo conhecedor da Amazônia, seus recursos naturais e atividades produtivas, aqui, desenvolvidas', destacou o superintendente da TV Liberal, Fernando Nascimento.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado, disse que o setor industrial está de luto, pois perdeu um dos maiores responsáveis pela industrialização do Estado.
'Ele foi consultor não só da Fiepa, como de várias empresas. Orientou na elaboração de vários projetos de desenvolvimento industrial. Era um profundo conhecedor de direito empresarial e tributário. É sem dúvida uma grande perda para o Estado', enfatizou Conrado.
Na vida política, o advogado desenvolveu o papel de suplente do senador Jarbas Passarinho durante um mandato. Além disso, foi presidente da OAB-Pará por dois mandatos consecutivos, de 1971 a 1973.
Oriundo de uma família de juristas, Baim Klautau estava aposentado da vida acadêmica desde a década de 90 e, nos últimos anos, estava reduzindo o seu ritmo de trabalho, dividindo trabalhos com o filho, Eduardo Klautau, de 38 anos. O filho mais velho de Baim, Aldebaro Cavaleiro de Macedo Klautau Neto, morreu há cerca de um ano e meio, aos 47 anos. Separado, ele deixa, além do filho, quatro netos.