No AMAZÔNIA:
A Secretaria de Estado de Cultura e o Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará entregaram, ontem á tarde, o chamado espaço Redário Afronegritude Quilombola, que vai abrigar mais de mil participantes da raça negra do Fórum Social Mundial. O abrigo dos negros está localizado nos galpões onde foi instalada a antiga Feira Pan-Amazônica do Livro, na avenida Júlio César, em frente à sede do I Comar.
Dois amplos galpões foram recuperados e refrigerados: um abriga um redário para 812 redes e, o outro, 700 colchonetes. A infraestrutura do espaço ostenta ainda uma cozinha, 18 banheiros químicos, 80 pontos de chuveiros, 24 vasos sanitários e dois postos de atendimento, um da Defesa Civil e outro da Sespa, com funcionamento 24 horas. Nestes postos pelo menos um tradutor bilíngue vai dar plantão também 24 horas.
Nos fundos dos galpões foi montado um palco para apresentações artísticas das diversas comunidades que ali vão se instalar. O secretário Edilson Moura avisou, no entanto, que o principal palco das manifestações artísticas dos negros está instalado no Forte do Castelo.
Ontem mesmo o espaço foi ocupado pelas primeiras comunidades quilombolas que chegaram à capital paraense. Nilma Bentes, coordenadora do espaço, diz acreditar que os galpões foram preparados para ofertar o mínimo de conforto possível para as comunidades. A refrigeração foi uma exigência, dada a alta temperatura registrada, sobretudo, durante o dia.
A cerimônia de entrega do espaço contou ainda com a presença do Pai Antônio, que fez uma saudação de proteção ao espaço. Em seguida, a entrega oficial, em meio a uma apresentação do grupo Pará Nativo.
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