quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dinheiro tem. O que precisa é aplicar bem o dinheiro.

Leiam atentamente a nota abaixo, publicada no “Repórter Diário” de ontem, do Diário do Pará.

Exonerado da chefia da Polícia Civil, o delegado Justiniano Alves assumirá a direção da Susipe com a missão de comandar um "choque de gestão" na instituição. O governo avaliou que o coronel Sandoval Bittencourt não conseguiu executar R$ 31 milhões em obras, incluindo R$ 20 milhões de convênios federais que precisam ser aplicados agora no prazo de apenas um ano, sob pena de Brasília reter o dinheiro por caducidade. São oito presídios com verbas da União e cinco cadeias públicas com recursos próprios.

Talvez seja por isso que a Segurança Pública e, por extensão, o governo do Estado relute em divulgar números.
Para forçá-lo a tanto, a OAB prepara inclusive uma ação civil pública.
E que venha a ação o quanto antes.
Porque é de números, de dados, de comparações, de estimativas - todas verazes, concretas, sem subterfúgios – que a sociedade precisa, para poder aferir objetivamente a quantas andam as gestões para combater a criminalidade crescente.
A confirmar-se o que menciona a nota, está-se diante de um escândalo.
É um escândalo que não se execute devidamente, que não se gaste, que se não aplique a tempo uma dinheirama dessas, num momento em que Belém, em que o Estado reclamam medidas concretas para aplicar a violência na área da segurança pública.
O gestor que dispõem de R$ 31 milhões e não dá a destinação das verbas no prazo previsto em lei não pode deixar de responder por isso.
Qualquer gestor que tenha incorrido nessa omissão, nessa inércia precisa explicar-se.
Precisa explicar-se até mesmo para contrariar o senso comum de que falta dinheiro para tudo.
Isso é uma mentira.
Este caso, concretamente, comprova que essa alegação não se sustenta.
Há, sim, dinheiro para tudo.
Aliás, para muitas coisas, há dinheiro a rodo, há dinheiro sobrando, há dinheiro liberado a torto e a direito.
O que ocorre, muitas vezes, é que o dinheiro chega e sequer é aplicado. Fica lá, nos cofres públicos, mofando, à espera de Godot, à espera de um tempo, de um momento que nunca vem.
Dinheiro tem, portanto.
O que precisa é aplicar bem o dinheiro que tem, o dinheiro que está disponível.
Essa é a verdade.
No mais, é mentira, é desculpa, é inapetência para gerir recursos públicos como devem ser geridos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Faz parte deste pensamento, emendas parlamentares na área da saúde. Lembrem, em 2007 a governadora pediu a bancada federal do Pará que para cada
R$1 aplicado no estado ela casaria R$1. Ou seja, o Orçamento da união para a saúde foi consensuado pelo chefe da bancada Federal, Dep. Paulo Rocha, seria aplicado em ações de atenção básica, ou seja, construção de unidades básicas de saúde pelo Estado a fora (ou melhor a dentro). Resumindo, o governo do Pará, prometeu aplicar R$32 milhoes em construção de unidades de saúde.
Para tanto, era necessário que o Estado, através da Seplan, procedesse o cadastro das emendas federais no sistema de convenios do Ministério da Saúde.
Resultado, nao foram cadastradas as emendas em tempo hábil, nem o Estado do Pará honrou sua contrapartida. Ou seja 32milhoes deixaram de vir para nosso Estado, rasgados, dispensados...
dos 32milhoes prometidos pelo Estado? Deste nem se fale!!!

Anônimo disse...

Alguem bem que poderia informar o quanto a SESPA deixou de de empenhar e de executar em recursos federais ?

Anônimo disse...

Esse governo é, na verdade, muito incompetente. Nunca o Estado recebeu tantos recursos federais: na segurança,na saúde, na educação, nos transportes. Em todos esses setores não se vê recursos do resouro, do Estado. Ainda hoje tem a notícia da publicaç~~ao no diário oficial da autorização pra governadora conseguir 16 milhões de dólares para construção do hospital da Santa Casa.
O que falta na verdade, com eui disse no ínicio, é competência do governo, pra transformar os recursos, ou melhor, aplicar o dinheiro em ações que beneficem a população.

Leila Queiroz

Anônimo disse...

Isso é o resultado de um governo que não tem projetos. Um grupo político que faz de tudo para alcançar o poder estadual, mas que, quando chega lá, não soube o que fazer.

Se não tem projeto, obviamente não tem como gastar o dinheiro.

De outra forma, a impressão que se tem é que o dr. Justiniano foi exonerado da delegacia geral da PC por incompetência. Será que ele vai gerir a SUSIPE coma mesma (falta de) comeptência que geriu a segurança pública?




Victor Picanço