terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Delegados em greve por reajuste salarial

No AMAZÔNIA:

Remoção de cadáveres, autópsias, levantamento de local de crime, análise de dosagens alcoólicas e toxicológicas e recebimento e análise de entorpecentes são alguns dos serviços feitos pelos peritos do Centro de Perícia do Instituto Renato Chaves que foram diretamente afetados pela greve da categoria. A paralisação se iniciou na manhã de ontem, quando cerca de 200 profissionais do instituto resolveram cruzar os braços por tempo indeterminado. Segundo o vice-presidente da Associação dos Peritos e chefe do comando de greve em Belém, Randolfo Coelho, os peritos pararam suas atividades como forma de reivindicar melhores salários e condições de trabalho. A greve, segundo Randolfo, envolve profissionais da capital e interior do Estado.
Randolfo informa que a greve foi deliberada em assembléia no início deste mês. Ele garante que, apesar da adesão maciça dos servidores ao movimento grevista, 30% da categoria continuam trabalhando em respeito à lei que regulamenta as greves. Portanto, as atividades do Renato Chaves, seja no Instituto Médico Legal ou no Instituto de Criminalística, não pararam completamente e o atendimento ao público continua ocorrendo, embora de forma bastante vagarosa, o que causou desconforto entre as pessoas que aguardavam por atendimento na recepção do Instituto.
Lotado - A recepcionista Teide Patrícia aguardava há quatro horas por atendimento. Ela foi ao Instituto Renato Chaves para fazer um exame pericial que diagnosticaria as lesões corporais sofridas. Teide chegou no início da manhã ao instituto e, ao chegar, a recepção já estava cheia de pessoas. Segundo ela, muita gente desistiu e acabou voltando para casa. 'As (pessoas) que ficaram começaram a ser chamadas próximo ao meio-dia. O atendente está chamando em grupos de cinco ou seis pessoas e levando lá para dentro, só não sei se o atendimento também está sendo feito de forma grupal', preocupa-se a atendente.
Segundo Teide Patrícia, no final da manhã o diretor do Renato Chaves, Miguel Wanzeller Rodrigues, foi até a recepção do instituto para pedir paciência aos que estavam aguardando a vez para serem atendidos. Teide disse que o diretor garantiu atendimento para todos e que Wanzeller afirmou que teria conseguido médicos extras para trabalhar durante o período que durasse a greve. Procurado pela reportagem, Miguel Wanzeller não quis comentar a paralisação, que tem como uma das reivindicações a saída do diretor. Segundo Randolfo Coelho, os grevistas exigem a saída de Wanzeller 'por ele não realizar uma boa gestão'.
Inexperiência - Os servidores reclamam que ele não tem conhecimento do que deve ser prioridade no instituto e que como enfermeiro perito não teria a experiência necessária para tocar o dia-a-dia da instituição. O tempo-resposta das remoções, por exemplo, é muito demorado. Para tentar resolver essa situação, a associação dos peritos tenta agendar ainda para essa semana uma reunião entre o secretário de Estado de Segurança Pública, Geraldo Araújo, e a governadora Ana Júlia Carepa. Durante o encontro, ainda sem data para ocorrer, os peritos irão apresentar suas reivindicações salariais e reiterar o pedido de saída do atual gestor do Renato Chaves, informou o vice-presidente da associação dos peritos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu, Sua Excelência O Cidadão, determino a demissão imediata desses funcionários públicos sendo logo substituídos por Temporários ou concursados.


E tenho dito