sábado, 10 de janeiro de 2009

Crise da segurança derruba chefe da PM

No AMAZÔNIA:

A violência que espalha medo em Belém está fazendo mais vítimas, além das pessoas assaltadas, feitas reféns e assassinadas. O comandante da Polícia Militar, Luiz Cláudio Ruffeil, comunicou ontem à governadora Ana Júlia Carepa e ao secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, que deixa o cargo e vai para a reserva.
E Ruffeil não deverá ser a única autoridade vítima da violência. A governadora discutiu ontem com Araújo mudanças que devem ser feitas no comando da Segurança Pública, mas os nomes só serão anunciados pelo governo na próxima semana.
A governadora determinou que todos os oficiais da Polícia Militar saiam às ruas da Região Metropolitana de Belém para acompanhar e controlar as rondas e também avaliar se os policiais estão cumprindo as estratégias de combate à violência montadas pelo comando da PM. A governadora também anunciou concursos este ano para mais 2.200 policiais militares e policiais civis, a liberação de R$ 31 milhões do governo federal para a construção de penitenciárias na Região Metropolitana de Belém, em Breves, no Marajó e em São Félix do Xingu, no sul do Estado, além de mais R$ 6 milhões de recursos que serão liberados pelo governo federal para a construção de uma nova penitenciária feminina em Marabá, no sudeste do Pará.
Emergência - O anúncio foi feito após a reunião de emergência que a governadora convocou ontem com toda a cúpula da Segurança Pública, com representantes da Justiça, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA), da Igreja Católica e de movimentos sociais considerados importantes, para pedir ajuda e apoio, após o secretário de Segurança Pública reconhecer, em entrevista publicada no jornal Amazônia, que 'a situação da violência em Belém é grave'. A governadora lembrou que o governo estadual está se esforçando para executar políticas sociais em áreas como educação, cultura e esporte, além de obras de urbanização, para combater causas da violência.
Após ano sem conseguir resultados positivos contra a violência na RMB, Geraldo Araújo declarou que 'segurança pública não se faz da noite para o dia'. Ele foi criticado pela presidente da OAB-PA, Ângela Sales. Ela disse que, apesar dos grandes investimentos do governo federal para segurança pública no Pará, os recursos não estão sendo usados de forma competente e eficiente, e que se não houver gente capacitada que seja chamada gente de fora para enfrentar a violência em Belém.

Um comentário:

Anônimo disse...

PAULO QUEM TEM QUE PEDIR PARA SAIR É A ANA JÚLIA JATOBÁ A MADRASTA DO PARÁ. SEMPRE ESTOURA DO LADO MAIS FRACO COMO ACONTECEU COM O COMANDANTE DA PM COMO SE ELE FOSSE CULPADO DESSE CAOS QUE ESTÁ O ESTADO.