quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Camelôs são donos da rua

No AMAZÔNIA:

A área próxima ao Shopping Castanheira, em Belém, foi tomada pelo comércio informal. Pela manhã, camas de casal e de solteiro ficam expostas na calçada e na parte da tarde, um carrinho de mão com frutas fica estacionado bem em frente à faixa de pedestres. Isso para não falar nas mais de 30 barracas com roupas, alimentos, artigos importados e nos tabuleiros de CDs e DVDs piratas que durante todo o dia e parte da noite, ocupam a maior área das calçadas e obrigam, muitas vezes, o pedestre a andar entre os carros, arriscando sua vida.
Ao que parece, as operações da Secretaria Municipal de Economia (Secon), como a realizada no último dia 16, que apreendeu 10 barracas e parte das mercadorias comercializadas em frente a uma grande loja da BR-316, não estão surtindo efeito. Pelo menos essa é a opinião do vendedor Carlos Eduardo Dias, de 24 anos, que trabalha em uma loja do Castanheira. Ele diz que atravessar em frente ao Shopping é um problema sério e garante que até para se manter na calçada para esperar o sinal fechar, é difícil. Carlos Eduardo afirma que muitas vezes, tem que esperar na beira da rodovia.
'Os vendedores de DVDs piratas ocupam quase toda a calçada do lado oposto ao Castanheira e, às vezes, tenho que ficar na rua esperando o sinal fechar para os carros. Aí, quando atravesso, tenho que me desviar. Além das pessoas que vem de encontro a mim, tem mais ambulantes que ocupam o meio fio. E quando estou chegando do outro lado, me deparo com um carrinho de frutas. Quem trabalha aqui é obrigado a passar por essa situação ridícula todos os dias', reclama.
A cozinheira Luciana Matos, de 34 anos, tem uma opinião semelhante. Ela conta que andar pelas imediações do Shopping é uma tarefa cada vez mais difícil e incômoda, além de perigosa. Ela diz que por conta dos ambulantes, quase se acidentou. 'É praticamente impossível transitar nas calçadas próximas ao Castanheira sem correr riscos ou sem ser importunada. Eu mesma já quase me acidentei por duas vezes. Da primeira vez fui tentar desviar dos tabuleiros e camas que estavam na calçada e quase fui atropelada. E agora há pouco eu tropecei em um barraqueiro e caí por cima da mercadoria. Estou toda machucada', afirma.
Na opinião da dona-de-casa Neide Gomes dos Santos, o trabalho dos ambulantes deve ser respeitado, mas a falta de organização atrapalha. Ela acredita que a Prefeitura não está fazendo a sua parte. 'É necessário que a Prefeitura recadastre os ambulantes da área, os distribua de forma organizada nos espaços possíveis e fiscalize a área mais frequentemente. Não sou contra quem quer trabalhar, mas acho que está faltando a Prefeitura fazer a sua parte e organizar esses trabalhadores', conclui.

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