No AMAZÔNIA:
Depois de emperrar a pauta de votação da Câmara Municipal de Belém por duas semanas, o projeto de lei que regulamentaria o serviço de mototáxis em Belém foi rejeitado ontem. A bancada governista, que por três vezes esvaziou o plenário para adiar a votação sobre os mototaxistas, conseguiu por 17 votos a 12 arquivar o projeto de lei que instituía o transporte individual de passageiros e ainda regulamentava o serviço de motofretes - o transporte de pequenas cargas em motocicletas.
A decisão irritou os quase 150 mototaxistas que assistiam à sessão nas galerias da Casa. Eles saíram da Câmara em carreata até a Prefeitura de Belém, onde fizeram um buzinaço. Depois de muita confusão, uma comissão formada por integrantes do Sindicato dos Mototaxistas de Belém (Sindmotobel) e da Associação de Mototaxistas foi recebida pela chefia do gabinete do prefeito Duciomar Costa, que prometeu marcar uma reunião.
A bancada do PMDB, que até a sessão de segunda-feira estava dividida entre aprovar ou não o projeto, protagonizou ontem a virada governista. Dois vereadores, que nas sessões anteriores manifestaram seus votos a favor da categoria, contribuíram para a derrota do projeto de lei do vereador Marquinho do PT. O vereador Cândido Júnior (PMDB), autor de outro projeto sobre a regulamentação dos mototaxistas e que na segunda-feira se manifestou a favor da aprovação da lei, não compareceu à sessão de ontem na Câmara. O vereador Paulo Mardock (PMDB), que discursou a favor do projeto e se comprometeu em votar com a bancada de oposição, ontem mudou de idéia. Votou contra o primeiro artigo da matéria, ajudando a derrubar a regulamentação dos mototáxis.
O presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Belém (Sindmotobel), José Ribamar da Silva, o 'Alemão', disse que a atitude dos vereadores que se opuseram à aprovação da lei, ou não compareceram à sessão de ontem, foi uma 'covardia' com os trabalhadores. 'Eu lamento muito a falta de caráter do Mardock (Paulo Mardock, PMDB), que na última hora mudou o voto e foi para o outro lado', disse.
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