quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Meu único lado é do telespectador", diz Lillian Witte Fibe

Mais de 1h da madrugada. No táxi, Lillian Witte Fibe ainda atende à reportagem do Comunique-se, depois de estrear como apresentadora do Roda Viva. O programa ao vivo, na noite de segunda-feira (09/06), teve o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no centro, sentado talvez na cadeira mais temida e respeitada de um programa de entrevistas brasileiro.
A jornalista foi enfática durante a apresentação. Pegou firme com o ministro do Meio Ambiente. Não deixou que Minc escapasse das questões. Ao acabar o Roda Viva, desabafou: "Quarenta e dois coletes. Consegui uma resposta", ao se referir à última pergunta que fez no programa, sobre a quantidade de coletes que o ministro tem. Perguntada se a TV Cultura, por ser uma emissora pública, não lhe tiraria a liberdade de pauta e de expressão, disse: "Meu único lado é do telespectador."
Para Lillian, o próprio formato do Roda Viva, com a participação de vários jornalistas, impede que o programa defenda o Estado. Declarou, ainda: "Não há nenhuma ingerência editorial [no Roda Viva]".
Sobre seu estilo como apresentadora, mais intervencionista, a jornalista considera como modelo de apresentação a postura de Paulo Markun, atual presidente da Fundação Padre Anchieta. Disse, porém, que, "como não fez curso de dramaturgia", tem um jeito próprio de apresentar.
"Eu converso com o entrevistado. Se fico aflita, é pelo telespectador - uma preocupação para saber se ele está sendo atendido. Se algum jornalista, então, faz uma pergunta e não consegue uma resposta, tenho de salvar este jornalista e intervir", afirmou.
Lillian não pensa em alterar o programa. "É uma fórmula consagrada. Precisamos preservar o que é bom", disse. A jornalista não tem, assim, um entrevistado especial que gostaria de convidar, mas pensa em nomes como Angela Merk, primeira-ministra alemã.

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