sábado, 26 de setembro de 2009

Belém perde chance e verbas para revitalizar áreas centrais

A Prefeitura de Belém tem desperdiçado oportunidades de receber, desde 2006, verbas federais para implementar um plano que habilitaria a cidade a ser beneficiada pelo Programa de Reabilitação de Área Urbanas Centrais, do Ministério das Cidades. A pasta tem como titular Márcio Fortes (na foto), indicado do PPP.
“O cancelamento do repasse de verbas para exercício de 2009 foi automático”, disse ao blog, por telefone, a arquiteta Carolina Cavalcanti, da Secretaria Nacional de Programas Urbanos, do Ministério das Cidades, confirmando que neste ano o município de Belém também não pôde se habilitar a receber quaisquer verbas referentes ao programa.
Criado em 2003, o Programa de Reabilitação de Área Urbanas Centrais, implementado pela Secretaria Nacional de Programas Urbanos, coordena ações nos centros urbanos e subsidia a elaboração de estratégias de intervenção, através do estabelecimento de parcerias e acordos de cooperação.
Com isso, o programa prevê a revitalização de regiões centrais metropolitanas – como a área onde se situa o Ver-o-Peso, por exemplo - que passaram por um processo gradual de esvaziamento em suas estruturas originais, em decorrência de políticas econômicas e de expansão urbana adotadas no país ao longo dos últimos anos.
A Prefeitura de Belém firmou um convênio com a Caixa Econômica em 2006. Daí por diante, até agora, como nenhum produto referente ao convênio – seja um plano de revitalização, seja um projeto concreto para revitalizar determinada área – foi apresentado pela prefeitura à Caixa, o município ficou sem receber verba alguma.
No ano passado, o próprio Ministério das Cidades recomendou que a Prefeitura de Belém contratasse uma instituição tecnicamente idônea, como a Universidade Federal do Pará, para elaborar os planos para a implementação do Programa de Revitalização.
A recomendação foi seguida pela prefeitura. A UFPA foi contratada através do Fórum Landi, que já trabalha pela revitalização do centro histórico de Belém, onde está localizado a maior parte do legado do arquiteto italiano Antônio Landi, que no século XVIII participou da conclusão de obras como a Catedral de Belém, a nave central da igreja do convento dos Carmelitas, a capela de São João Batista e a igreja de Santana da Campina, entre outras.

Mais um prazo perdido
Formalizada a contratação, o Fórum Landi começou longo a montar sua equipe e edotar outras providências para o início dos trabalhos, como a disponibilização de um espaço específico, por exemplo. Caberia à Prefeitura, no entanto, formalmente ao Ministério das Cidades que a contratação fora feita. Mas a prefeitura perdeu o prazo para prestar a informação. Resultado: as verbas que seriam repassadas para este ano foram mais uma vez canceladas, o que já vem ocorrendo desde 2006.
Carolina Cavalcanti explicou que o convênio é firmado entre o município e a Caixa. E as verbas federais, referente ao Programa de Revitalização, são repassadas apenas quando o município apresenta, dentro de prazo estabelecimento no decurso de um mesmo ano, algum resultado concreto – ou “produto”, segundo o termo técnico utilizado - do trabalho referente ao programa. Se isso não é feito, o município não recebe nenhum centavo. É o que tem acontecido com o município de Belém, desde 2006.

7 comentários:

Anônimo disse...

Não estou afirmando, só perguntando: será que o desinteresse da Prefeitura não é decorrente da sua condição de inadimplente com a Caixa, principalmente na área da saúde, por isso ela sabe que não terá nenhum cadastro aprovado muito menos recursos liberados?

Francisco Sidou disse...

Caro Poster,
Nos meios forenses, perder prazo é considerado pecado mortal para carrreira de qualquer advogado militante. Na gestão pública de uma cidade tão necessitada quanto Belém de obras viárias e de saneamento perder prazos para se habilitar ao recebimento de verbas a custo zero só tem um nome: DESIDIA. Na empresa privada dá demissão por justa causa. Na Prefeitura de belém não resulta em nada, pois o prefeito tem maioria da Câmara er se acha intocável. Nessas horas é que ficamos com saudades do grande líder e filósofo popular do Jurunas, Gonçalo Duarte, que ptrecponizava há 30 anos uma lei que permitisse ao povo " desvotar" e arquivar os políticos que traissem a confiança neles depositada, Os pares gozavam de Gonçalo e não o levavam a sério. Ele é que estava certo.

Luiz Otávio Braga disse...

A Ctbel não foi à Câmara Municipal quando convocada para discutir o trânsito. E o que aconteceu?? A Prefeitura perde os prazos para conseguir verbas para nossa cidade, e o que acontece?? Governar sem responsabilidade e sem fiscalização é isso! Para que serve essa Câmara? Uma vergonha! Será que eles moram em Belém? Nessa mesma Belém onde sofremos por conta da irresponsabilidade administrativa do Sr. Prefeito? Qualquer um que atrase seus impostos paga multas, sofre sanções. Por que a prefeitura comete esses absurdos e nada acontece? Resta o voto!

Anônimo disse...

Ctbel que não comparece a reunião na Câmara, prefeitura perdendo prazo para revitalização do centro, saúde municipal aos cacos: É-GU-A!

Anônimo disse...

Por faça correção da noticia, o partido do Marcio Fortes é o PP e não o PMDB. Fique claro que isso não diminui a imcopetencia da prefeitura ante o fato.

Poster disse...

Anônimo, muito obrigado.
Vou corrigir lá.
Abs.

Anônimo disse...

ÉGUA, MAS JÁ PERDE PRAZO. DUCIOMAR NÃO CONSEGUIRIA ADVOGAR, POIS PERDERIA PRAZOS E DARIA MUITOS PREJUÍZOS.LOGO, TERIA SUA CARTEIRA DE ADVOGADO CASSADA.O POVO TEM QUE CASSAR SU PROFISSÃO DE POLÍTICO, NÉ MESMO?