O estudante Ronildo dos Santos Carneiro, de Canaã dos Carajás, e o professor de Artes Visuais, Fabrício Lagos Correa, de Paragominas, começaram na sexta-feira (25), a fazer as ilustrações das sete espécies da Mata Atlântica que serão eternizadas em selos comemorativos dos Correios. Os dois paraenses e mais outros cinco alunos de escolas municipais, que venceram o concurso de ilustração botânica, do projeto Jovens Ilustradores, promovido pela Vale, estão na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), e ficam até este domingo. Eles representam as cidades de Paragominas (PA), Canaã dos Carajás (PA),Vila Velha (ES), Açailândia (MA), Congonhas (MG), Rosário do Catete (SE) e Rio de Janeiro.
O professor Fabrício Lagos Correa, de Paragominas, conta que herdou do avô o gosto pela coleção de selos. Hondurenho de nascimento, o jovem de 24 anos passará para as mãos do patriarca da família, que é filatelista, um selo assinado com o seu nome. "Para mim, estar aqui é mais que um sonho. Além de passar essa experiência para os meus alunos, vou ter a honra de presentear meu avô com um selo feito por mim. Essa memória vai se perpetuar. Estamos todos muito felizes, é uma mistura de sentimentos tão profundos que é até difícil explicar", comentou emocionado.
O aluno do Rio de Janeiro, William Amaral da Silva, de 15 anos, morador de Costa Barros, considerada área de risco na capital carioca, vai ilustrar a nova espécie descoberta na Reserva. O cipó, ainda sem registro, será batizado por uma personalidade brasileira ligada a causa socioambiental, eleita por meio de voto na internet. Esta ação faz parte do Prêmio Brasileiro Imortal, também uma iniciativa da Vale, que será lançado em outubro. Na ocasião, serão indicados três nomes para uma votação aberta e a premiação será realizada no fim do ano, em uma cerimônia no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Para o gerente operacional da Reserva Natural Vale, Luiz Felipe Campos, trazer os alunos para o local representa muito mais do que uma ação socioambiental. "O papel do projeto Jovens Ilustradores está ligado também à educação ambiental, porque muitos desconhecem que aqui há uma área de 22 mil hectares (correspondente a 22 mil campos de futebol) apenas de Mata Atlântica nativa. Trazer esses alunos para cá, além de despontar novos talentos, revelamos ainda a beleza da nossa flora, algumas ameaçadas de extinção", ressaltou o engenheiro agrônomo, lembrando que desde que a Vale adquiriu a área, na década de 60, já foram descobertas 107 novas espécies de plantas.
Em Linhares, antes de darem início ao desenho em aquarela, os novos artistas conheceram o viveiro de mudas de plantas nativas da Reserva da Vale para servir de inspiração para seus trabalhos. Os alunos têm idades entre 14 e 19 anos e, a maioria, é de comunidades carentes, nunca tinha saído de suas cidades, como é o caso da menina Poliana Honório, de 16 anos, moradora de um povoado em Rosário do Catete, em Sergipe. "Quero aproveitar esta oportunidade para seguir atrás do meu sonho, que é fazer Arquitetura", disse a única representante feminina que assinará um selo.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale
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