terça-feira, 29 de setembro de 2009

Promotor investiga denúncia sobre frota de ônibus

No AMAZÔNIA:

O promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará (MPE), Benedito Wilson Corrêa Sá, investiga denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Pará sobre a idade da frota dos ônibus urbanos de Belém. Segundo ele, a entidade sindical aponta que quase todos os veículos comprados pelas concessionárias para rodar na capital paraense são da frota que já não serve mais na cidade do Rio de Janeiro, onde o limite de idade para um coletivo circular é de cinco anos de uso.
Benedito explica que, nos meses de junho e julho deste ano, esteve na capital carioca e entrou em contato com representantes no Ministério Público e do Sindicato dos Rodoviários de lá. Na sua passagem pela cidade, inteirou-se das leis locais que proíbem ônibus com mais de cinco anos de fabricação de circular. Após esse prazo, as empresas do Rio vendem para as cidades onde a idade mínima de uso dos veículos é maior. O promotor já abriu procedimento para investigar se, de fato, os ônibus que não servem mais no Rio estão sendo usados aqui.
'Se verdadeira a informação, retrata a patente irresponsabilidade tanto do órgão gestor quanto dos empresarios do setor em relação à segurança e o conforto do usuário do transporte coletivo na capital', assinala o promotor de Justiça. Ele relata que lhe chegou a informação de que um ônibus da linha Satélite-Praça Felipe Patroni, da empresa Belém-Rio, teve o eixo dianteiro quebrado, na segunda-feira passada, próximo ao Estádio Olímpico Mangueirão. 'Só não foi mais grave o acidente face à providência divina', diz Benedito, acrescentando ser 'cético' em relação à informação de que as empresas que atuam em Belém compraram cem novos ônibus no início desse ano.
A assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transportes de Belém (Setransbel) informou à reportagem que de janeiro até este mês já foram colocados nas ruas cerca de 200 ônibus novos, dos quais 150 estão adaptados com elevadores para cadeirantes. A assessoria também explica que os motoristas passaram por treinamento específico operar os novos equipamentos voltados a pessoas com necessidades especiais.
O órgão de comunicação da entidade patronal ainda assegura que toda e qualquer informação solicitada pelo MPE será respondida para que nenhuma dúvida permaneça sobre a frota atual. O Setransbel garante ainda que os ônibus em circulação em Belém tem idade média de 4,9 anos, embora a legislação municipal fixe o prazo de dez anos de fabricação apara aposentar os veículos.

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