domingo, 27 de setembro de 2009

Seduc diz que programa ajuda a abrir debate entre alunos

No AMAZÔNIA:

A notícia de que, agora, um dispositivo legal assegura a presença de campanhas antidrogas nas escolas foi bem recebida pelo titular da Diretoria de Diversidade, Inclusão e Cidadania (Dedic) da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) Wilson Barroso. Segundo ele, a questão das drogas se insere em um contexto mais amplo, em que a garantia de direitos e a criação de uma cultura de paz são necessárias para reduzir os índices de violência no ambiente de ensino. 'Na verdade, as drogas sempre foram foco de nossas preocupações. As escolas públicas que têm ou tiveram problemas associados têm tido na interação com a comunidade uma solução, mesmo que a longo prazo, uma medida efetiva e de bons resultados', acredita.
Segundo Barroso, a principal medida hoje existente para coibir o consumo e comercialização de entorpecentes nas escolas públicas é o programa 'Escola de portas abertas', adotado pela Seduc em parceria com o Governo Federal; porém, atividades extra-curriculares sobre o assunto não estão fora de cogitação. O método 'portas abertas' contempla atividades recreativas e pedagógicas nas escolas durante os finais de semana, abrindo-as à participação de alunos, pais e moradores da comunidade próxima. No Pará, ele já foi implantado em 320 escolas de 120 municípios, o que resulta em um universo de 600 mil alunos e 4 milhões de membros da comunidade contemplados.
Embora o foco do programa não seja específico para as drogas, o titular da Dedic explica que o tema é explorado exaustivamente pelos próprios participantes. 'Essa medida busca enfrentar todos os tipos de violência escolar, das brincadeiras de mau gosto - o bullying - até os assaltos à mão armada e furtos, a exploração sexual e as drogas. Dentro das atividades tocamos em assuntos como a estrutura familiar, a questão do uso e comércio de entorpecentes, e o que se vê é um aumento na conscientização do aluno e de sua família', comenta. 'Em uma escola aqui do Tapanã, em Belém, por exemplo, um grupo de ex-traficantes hoje dá palestras para jovens alertando para os riscos da droga. É um sinal de que a própria comunidade do entorno faz o possível para tocar neste assunto e orientar seus jovens', conclui.

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