No AMAZÔNIA:
A morte do adolescente chamou a atenção de moradores da área, dos motoristas de outras linhas de ônibus e de taxistas. Muitas pessoas subiram no carro para tirar fotos da vítima com celulares. Policiais da 6ª Zona de Policiamento do Comércio, comandados pelo capitão Vicente Neto, tiveram dificuldade para afastar a multidão. Foi nesse cenário de drama e curiosidade que a mãe do assaltante, Marly Ribeiro, apareceu acompanhada de uma filha.
Chorando muito, elas pediram para entrar no veículo, mas os policiais não permitiram porque os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves ainda não haviam chegado para os procedimentos de levantamento de local. A tensão tomou conta dos familiares do rapaz, a ponto uma irmã e uma prima do jovem criticarem aos gritos as amizades recentes do adolescente, o que, no entender da mãe, provocaram a morte prematura e trágica do rapaz.
'Desde julho ele (o filho) começou a mudar de comportamento, porque passou a andar com uma turma de outros jovens. Eu procurei orientá-lo para que não fosse com eles, porque sentia que era algo perigoso', revelou, chorando, a mãe. Ela disse que o filho cursava a 6ª série na Escola Professor João Nelson Ribeiro, perto de onde o rapaz morreu. O jovem tinha saído de casa para ir à escola acompanhado por uma irmã de 13 anos, que no momento da tragédia estava assistia aula. Muitos estudantes de escolas do Telégrafo foram ver o corpo do estudante.
Marly contou que está desempregada, mas mesmo assim é a única responsável pelo sustento dela e dos filhos. A família mora em uma vila de casas que abriga outras 12 famílias, na passagem Boca do Acre, entre São João e Tancredo Neves. 'Quando eu estava trabalhando, conseguia ganhar um salário mínimo', disse a mulher. Marly disse também desconfiar que o filho estivesse metido com drogas ou 'alguma coisa errada', por causa da mudança de comportamento dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário