No AMAZÔNIA:
Alegria e liberdade para se manifestar com muito beijo na boca. Se não fossem as brigas de gangues que continuaram até depois da manifestação e os assaltos durante a caminhada, essas teriam sido as principais marcas da 8ª Parada do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de Belém, que ocorreu na tarde de ontem.
A violência mexeu um pouco com o brilho da festa, que este ano teve como tema 'Um outro mundo só é possível sem machismo, racismo e homofobia', mas não tirou o objetivo dos que lutam pela diversidade sexual e pela garantia de direitos, para que as diferenças sejam respeitadas em plenitude pela sociedade e pelo poder público.
O movimento denunciou que 190 homossexuais em 2008 foram mortos no Brasil por causa de preconceito. O movimento quer a aprovação urgente do projeto de lei que criminaliza a homofobia. O projeto já tramitou pela Câmara dos Deputados e agora está no Senado, onde enfrenta muita resistência de setores mais conservadores. A programação teve ainda espaço para homenagear Michael Jackson. Dois homossexuais levaram uma faixa azul com a imagem do ídolo, que morreu em junho.
A caminhada da 8ª Parada LGBTT durou cerca de duas horas e saiu da avenida Presidente Vargas com Boullevard Castilhos França, em frente à Estação das Docas, deu a volta na praça da República e terminou na praça Waldemar Henrique com uma grande festa. Apesar da falta de estatísticas oficiais, os organizadores anunciaram que mais de 500 mil pessoas participaram da manifestação.
Em todos os discursos, representantes de vários grupos que integram o movimento LGBTT em Belém ressaltaram que além da violência física, o preconceito cria muita discriminação social, profissional e até familiar. Eles também reclamaram que apesar de alguns avanços nas políticas estaduais, o município de Belém tem caminhado para trás e prestado pouco apoio ao movimento.
'Não queremos e não precisamos mais fazer parte de estatísticas, principalmente as negativas, é preciso combater todo tipo de preconceito para que a gente tenha dignidade, dignidade nas relações, nos serviços de saúde, na escola, precisamos combater a homofobia e o racismo, mudar as ideias e o pensamento da sociedade para darmos dignidade aos nossos filhos', disse um participante.
Os manifestantes querem mais políticas públicas capazes de atender a diversidade dos gêneros.
'Precisamos pensar melhor para escolher bem em quem a gente vota para ser nosso representante. A gente quer força política, quer um governo que cuide da gente não apenas no dia da parada, mas todos os dias o ano inteiro', disse Cidy Larrat, representante do LGBTT paraense.
2 comentários:
É por isso que tenho umas amigas que não desencalham!!
menos mano!
tinha bastante gente, mas meio milhão é demais
menos!
o carro oficial trazia puty, edilson moura e marquinho,marinor e lurdes-pres,do sind. das prostitutas do pará
bem representado, com a diversidade cultural
rs,rs,rs
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