Do G1
O governo de Minas Gerais distribuiu textos literários com palavrões em todas as escolas estaduais do ensino fundamental até o 9º ano e provocou a indignação de pais, professores e alunos. Os palavrões aparecem em textos de literatura. Eles são usados em frases em que os personagens demonstram raiva.
Ao ler o livro que a filha usa na escola, a dona de casa Rosane Ferreira levou um susto. Entre textos, exercícios de português e matemática, ela encontrou palavrões. "Eu fiquei bem assustada, porque eu nunca tinha visto um livro com essas palavras. São bem pesadas mesmo. Eu não gosto que falem, não falo E não aceito que falem também", afirma.
Um professor de português, que não quer se identificar, se recusou a usar o livro em sala de aula. "Eu fiquei indignado. O aluno, por mais que fale esse tipo de palavras, não é na escola que ele deve aprender. Aliás, na minha sala de aula nem o direito de falar isso ele tem", afirma.
Mas ele não conseguiu impedir que os alunos tivessem acesso ao livro, que continua sendo usado para as aulas de matemática. “É uma falta de respeito, porque é uma escola. E isso não devia estar na escola. Não só por causa da gente mas pelos professores também”, comenta um aluno.
"Eu não posso mandar os alunos rasgarem o livro que é do estado, mas minha vontade foi essa", diz o professor.
A Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que o livro foi aprovado pela equipe pedagógica e só deve ser usado por alunos que tenham mais de 15 anos.
3 comentários:
é a chamada "caça ao livro mau". O menino tem que ler, mas só pode ler livros evangelizadores? Tá certo..
Este tema é bom para um debate, afinal, pode-se melhorar o livro didático, mas banir o palavrão vai ser muito difícil.
Esse é um País que vai pra frente.. ÔÔÔôô.... de uma gente amiga e tão contente.. ôôôôô..........
Pior é perceber que tem gente que concorda com essa aberração didática...
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