No AMAZÔNIA:
A Grande Coleta de Emaús voltou ontem às ruas de Belém. Cerca de 400 voluntários saíram pelos bairros, batendo de porta em porta, em busca de doações. Fogões, geladeiras, brinquedos, aparelhos eletrônicos, funcionando ou não, e roupas usadas foram recolhidos em grandes caminhões enfeitados para serem posteriormente reaproveitados. A 36° Grande Coleta do Movimento República de Emaús teve como tema 'Cidadania e Igualdade: Direitos Humanos, Direitos de todos'.
O objetivo, além de angariar doações, é chamar atenção da sociedade para necessidade de se unir em busca de direitos iguais a todos, com dignidade, educação, saúde e uma vida sem violência.
A concentração da coleta começou às 6h30, no estacionamento do Mangueirão, na rodovia Augusto Montenegro. As equipes externas passaram pelos bairros de Batista Campos, Marambaia, Marco, Pedreira, São Brás, Telégrafo, Umarizal, Val-de-Cães, Fátima e Souza fazendo o trabalho de coleta, enquanto as equipes internas deram suporte dentro do Movimento de Emaús, cuja sede é na rua Yamada, 17, próximo à delegacia do Bengui.
E a população atendeu ao chamado. Por volta das 10 horas, o caminhão que circulava pela travessa Mariz e Barros, no bairro do Marco, já acumulava várias doações. A maioria produtos eletrônicos como televisores e computadores.
'Ainda não fizemos nem um terço do trajeto e já temos muitos materiais. È muito gratificante ver as pessoas doando, ajudando o Movimento de Emaús a arrecadar recursos para manter os projetos', comemorava o coordenador da equipe, José Siqueira.
Há cerca de sete anos, José Siqueira, que durante a semana exerce o cargo de coordenador de segurança de um hospital, troca o seu final de semana para participar da Grande Coleta. 'A Coleta tem um significado muito importante para mim, porque foi graças aos projetos de Emaús que consegui concluir o ensino fundamental e médio e também fazer meu curso de informática básica. È o tipo de projeto que realmente ajuda as pessoas. Me ajudou da mesma forma como beneficiou muita criança carente', afirmou José.
È a certeza do retorno deste tipo de trabalho que faz com que todo ano a moradora de um edifício no Marco, Eliana Pedroso, separe equipamentos e roupas usadas para doar a Emaús. Este ano foram três monitores doados e vários suprimentos de informática. 'Nós compramos um computador novo, então guardamos as peças velhas para doar hoje (ontem). Há dez anos separamos doações porque acreditamos nos projetos realizados, é uma forma de ajudar as pessoas mais carentes', disse.
Na casa de Antonete Machado até um lanche foi preparado especialmente para servir aos voluntários. 'Eles merecem, passam o dia recolhendo estas doações. Acho importante as pessoas participarem da coleta, porque se tivéssemos mais projetos como este a cidade não estaria tão violenta', disse ela.
Um comentário:
tentei várias vezes doar uma certa quantidade de roupas usadas que poderiam ser revendida e reverter o lucro para os trbalhos do emaús. porem ninguem apareceu para buscarnada. é uma pena.
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