quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vitória valeu pelo esforço

No AMAZÔNIA:

Pouco mais de mil torcedores pagaram ingresso para ver o Remo ganhar a primeira partida do ano, ontem, diante do Time Negra, no Baenão, pelo Campeonato Paraense. Mas foi por muito pouco. O placar de 2 a 0, que levou o clube para a quinta posição, acabou ficando de bom tamanho para o time azulino, pela baixa qualidade do futebol apresentado. Tudo bem que o campo estava pesado e que ainda faltam entrosamento e ritmo de jogo para os atletas, mas a verdade é que certos problemas começam a se repetir e podem se tornar males crônicos.
Um destes problemas é a lentidão. Tanto na saída de bola como na recuperação do sistema defensivo. Para se ter idéia, no final da partida, o Time Negra conseguia atacar com relativa liberdade. Os zagueiros Bruno Sá e Bruno Oliveira, claramente inseguros, se complicavam até em jogadas mais simples e levavam os torcedores ao desespero. E é importante salientar que a entrada de Ramon no lugar de Franklin foi fundamental para evitar o pior. O volante, mais ágil, deu conta do recado, melhorando sensivelmente o poder de marcação do meio-campo.
A falta de criatividade e o excesso de passes errados no meio-de-campo também é outro problema sério. Gegê esteve longe de ser criativo. O garoto foi de uma eficiência burocrática. Dribles curtos, porém improdutivos. Características de armador que, por enquanto, peca pela afobação e pouca visão de jogo. Nas laterais, Edinaldo apareceu bem. Tentou resolver. Mas não resolveu, só tentou. Ontem, o lateral-esquerdo até que ajudou na criação das jogadas, mas pecou nos cruzamentos. Quanto a Levy, na lateral-direita, dessa vez limitou-se ao básico.
O resultado direto da soma de lentidão com pouca criatividade foi falta de municiamento aos atacantes. Isso faz do Remo um time pouco agressivo. É aí que entram Marcelo Maciel e Bruno Andrade, correndo o campo todo e, se virando como podem. Ontem, mais uma vez foram eles que resolveram. Marcelo Maciel foi o destaque, roubando mais bolas que os marcadores, e levando o time à frente. Aos 45min, depois de falta sofrida por ele, Marlon cobrou com violência, o goleiro Diego largou nos pés de Bruno Andrade, que não errou e fez o primeiro gol da partida.
No segundo tempo, Marcelo Maciel poderia ter feito outro, quando fugiu pela direita em contra-ataque, aos 14min, e quando entrou sozinho na pequena área, aos 29min, e furou com o gol aberto a sua frente. Mas coube ao volante Marlon, aos 33, ampliar para o Remo. O volante aproveitou indecisão da zaga e, desequilibrado, tentou cruzar e a bola desviou no zagueiro Thaysson e acabou entrando entre o goleiro e a trave esquerda.
O time genérico do Paysandu, mesmo apresentando uma boa organização tática, não soube aproveitar os espaços cedidos, principalmente no primeiro tempo, e pouco exigiu do seguro goleiro Adriano - a não ser na cobrança de pênalti defendida por ele, aos 21 minutos do primeiro tempo, e na desordenada pressão dos instantes finais.

Um comentário:

Anônimo disse...

O pseudo zagueiro central "reforço importado" está mais para artista de filme de terror.
Minuto a minuto, é só susto em quem o está assistindo!