sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tristeza e revolta no enterro do procurador

No AMAZÔNIA:

O relógio marcava exatamente meio-dia quando o caixão com o corpo do procurador municipal Marcelo Castelo Branco Iudice - assassinado anteontem à noite por bandidos que haviam praticado um assalto em uma farmácia no centro da capital paraense - começou a ser enterrado, em um cemitério particular de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O sepultamento, ocorrido ontem, foi marcado pelo forte calor e um clima indisfarçável de tristeza e revolta. Parentes e amigos do advogado pareciam ainda não acreditar na tragédia. A prefeitura de Belém decretou luto oficial de um dia pela morte de Marcelo, que era servidor da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj) desde 2006. A instituição suspendeu as atividades ontem.
O velório do corpo do procurador, que tinha 33 anos, teve início ainda na madrugada de ontem, na capela da Ressurreição, no Guamá, e se estendeu até por volta das 10h30, quando partiu o cortejo fúnebre rumo ao cemitério. Apenas familiares e amigos tiveram acesso à pequena igreja. Colegas de profissão e de trabalho de Marcelo compareceram à cerimônia. Eles lamentaram mais uma morte violenta registrada na capital paraense.
Justiça - Entre os familiares de Marcelo, apenas o irmão de criação, João Justiniano, falou com a imprensa. Ele disse que todos estão muito abalados e que esperam justiça. Além de João, o procurador deixa os pais, Célia e Bosco, com quem morava, e mais dois irmãos, Nicolau e Cristina. Ela passou mal durante o velório e foi retirada do local carregada. A mãe de Marcelo, Célia, também por motivos de saúde, não acompanhou o sepultamento do corpo do filho, apesar de ter comparecido ao cemitério.
De acordo com amigos, o procurador gostava de viajar e de esportes. Ele tinha chegado a Belém dois dias antes do crime, vindo do Rio de Janeiro, onde passou o réveillon. E agora, iria iniciar uma preparação física para disputar a Meia Maratona de Buenos Aires, marcada para outubro.
Luto - O prefeito Duciomar Costa decretou luto oficial de três dias no município de Belém. O ato foi a forma de a prefeitura lamentar o assassinato do procurador. Desde ontem, todas as bandeiras do município estão a meio mastro, em demonstração de luto pela perda do servidor.

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